Governo garante reforço da resposta para diminuir espera por vistos para angolanos

O ministro dos Negócios Estrangeiros reconheceu as queixas de esperas prolongadas para a emissão de vistos e frisou o reforço de recursos humanos, para acelerar o processo.

João Gomes Cravinho garante que está a ser reforçada a capacidade de resposta aos pedidos de vistos para Portugal por parte de cidadãos angolanos.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros de Portugal e de Angola estiveram reunidos, esta segunda-feira, no Palácio das Necessidades em Lisboa e, em declarações aos jornalistas, no final do encontro, Gomes Cravinho reconheceu a demora na atribuição dos vistos.

"Registámos, ao longo destes últimos meses, um aumento significativo de procura", começou por constatar o governante.

"A nossa taxa de indeferimento de vistos é diminuta, anda por volta dos 3%, portanto, a grande maioria dos vistos é concedida. As pessoas sentem, no entanto, que o processo, a tramitação, leva demasiado tempo", notou.

"Para isso, estamos agora a reforçar, com mais recursos humanos, mais pessoas, o nosso consulado-geral em Luanda. Estamos também, num trabalho com a empresa VFS - que faz uma triagem inicial da documentação -, a reforçar a capacidade dessa empresa, que, hoje mesmo, inaugura novas instalações", adiantou o ministro.

João Gomes Cravinho assegura, portanto, que "há um trabalho em curso", e que os serviços estão a "procurar responder àquilo que é um aumento da procura".

Além dos vistos para cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), neste encontro com o ministro angolano Tete António, foram ainda discutidos temas da situação política internacional, como a guerra na Ucrânia, mas também assuntos das relações bilaterais entre Portugal e a Angola - nomeadamente a comissão mista intergovernamental, que preparará a visita de António Costa a Angola - que deverá acontecer até junho.

"É uma oportunidade para nos reunirmos, num quadro em que os diferentes setores estão também representados, e esse trabalho irá desaguar num conjunto de acordos que poderão ser assinados - alguns já estão praticamente concluídos, outros estão ainda em negociação. Irá desaguar também no programa estratégico de cooperação 2023-2027 entre Portugal e Angola. Portanto, prevemos que venha a ocorrer antes da visita do nosso primeiro-ministro - até para preparar essa visita", esclareceu Gomes Cravinho.

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