Inês de Medeiros negoceia com Governo criação de Polícia Municipal em Almada

Inês de Medeiros revela à TSF que já teve reuniões com a tutela da Administração Interna em que a criação de uma Polícia Municipal foi debatida.

A presidente da Câmara Municipal de Almada está a negociar com o Ministério da Administração Interna (MAI) a criação de uma Polícia Municipal. À TSF, Inês de Medeiros fala de um problema geral que se prende com a falta de agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) e de militares da Guarda Nacional Republicana (GNR) e defende que a criação de uma Polícia Municipal podia ser uma mais-valia.

A escassez de efetivos, diz autarca, é uma carência "que está identificada" e que se deve a muitos fatores, desde a entrada para a reforma destes profissionais, passando pelas questões de carreira (salário e horários). Inês de Medeiros acredita que para ajudar a ultrapassar esse problema é também preciso uma reorganização "para sermos mais eficazes na gestão" das equipas.

"Há uma série de tarefas que uma Polícia Municipal pode fazer e, desta forma, pode ser um serviço complementar e aliviar, em algumas matérias, o que os nossos agentes de segurança têm que fazer em muitas áreas", defende.

A autarca revela que tem mantido um contacto "permanente" com o MAI e que, nas reuniões que tem tido com a tutela, o tema da falta de efetivos no município, assim como a necessidade de uma Polícia Municipal, têm estado em cima da mesa. Inês de Medeiros acrescenta que o assunto deverá ser discutido numa reunião de Câmara depois do verão, mas avisa que este é um processo longo e que ainda pode demorar um a dois anos.

A ideia de criar uma Polícia Municipal partiu há quase dez anos de um vereador do PSD, mas só há dois é que foi aprovada a realização de um estudo para avaliar a viabilidade da proposta. Os social-democratas estão, por isso, satisfeitos com o facto de a ideia não ficar na gaveta.

"Felizmente, foi possível, ao fim de algum tempo de reflexão, chegar a esta decisão. Ficamos satisfeitos por isso e satisfeitos por ter sido o PSD a liderar esta proposta", destacou o vereador social-democrata, Nuno Matias, à TSF, acrescentando ter ​a ​​​​​​visão de que a Polícia Municipal é "fundamental" para complementar capacidades de resposta no terreno, nomeadamente no cumprimento e a fiscalização do espaço público.

A falta de efetivos nas forças de segurança tem estado na ordem do dia, depois de uma esquadra na baixa do Porto ter encerrado durante parte do fim de semana. Na sequência do problema, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, anunciou na segunda-feira a criação de "unidades móveis de atendimento" PSP nas zonas com maior número de turistas na cidade, de forma a libertar agentes "para poderem estar no patrulhamento".

No dia seguinte, à TSF, a autarquia de Lisboa defendeu a mesma solução para a capital.

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