"Infelizmente não são surpresa." Catarina Martins comenta números do desemprego

A líder do Bloco de Esquerda defende que os apoios à economia deviam ser mais fortes na proteção do emprego e do salário.

A coordenadora do Bloco de Esquerda (BE) considerou esta quinta-feira que os números do desemprego em Portugal "não são, infelizmente," uma surpresa dado a crise económica que se está a viver por causa da pandemia da Covid-19.

"Não são [números] infelizmente uma surpresa, nós sabíamos já que íamos ser confrontados com um desemprego a crescer pela crise económica que estamos a viver. Temos dito, aliás, que o país se deve preparar para uma segunda vaga, e a segunda vaga é uma vaga de saúde, de crise económica e de crise social", afirmou Catarina Martins.

A líder bloquista falava aos jornalistas no final de uma visita ao centro de dia, ainda encerrado, do Centro de Apoio à Terceira Idade (CATI), em São Mamede de Infesta, em Matosinhos, distrito do Porto.

Na opinião de Catarina Martins, os apoios à economia deviam ser mais fortes na proteção do emprego e do salário, considerando que esses não tiveram a força que era necessário.

"Consideramos também que o país deve ter mecanismos mais fortes para apoiar quem perdeu o emprego e quem perdeu o seu rendimento", sublinhou.

O número de desempregados inscritos nos centros de emprego aumentou 37% em julho em termos homólogos e 0,2% face a junho, segundo dados divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP).

De acordo com o IEFP, no final de julho, estavam registados nos serviços de emprego do continente e regiões autónomas 407.302 desempregados, número que representa 74,5% de um total de 546.846 pedidos de emprego.

O total de desempregados registados no país foi superior ao verificado no mesmo mês de 2019 (37%) e face ao mês anterior (0,2%).

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