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O ministro da Economia e do Mar está convicto de que as injeções que o Estado ainda terá de fazer na Efacec serão "muito limitadas" se a empresa for privatizada dentro de um mês ou dois.
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"Como já disse nesta câmara, acho que o Estado não é um bom acionista de uma empresa como a Efacec e isso é assumido pelo Governo, é por isso que o Governo a quis reprivatizar desde o início. O Governo acabou por intervir para evitar o colapso da empresa e deixarmos dois mil trabalhadores no desemprego. A intervenção foi a decisão que se tomou na altura e agora temos de completar o processo. Acredito que, se completarmos o processo dentro de um mês ou dois, as injeções que temos de fazer na empresa, sobretudo a nível da tesouraria, vão ser muito limitadas", explicou António Costa Silva durante o debate de política setorial, no parlamento, quando questionado pelo PSD sobre o processo de venda Efacec.
Ouça a reportagem de Francisco Nascimento.
António Costa Silva estima que "nesta altura cifram-se em cerca de 165 milhões de euros, entre as injeções de capital para a tesouraria e as garantias que foram dadas", os encargos que o Estado já suportou com a Efacec.
O governante assegurou que o executivo está "a trabalhar para assegurar" a "transação" da Efacec, realçando que "o Estado não é um bom acionista" para a empresa.
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"Continuamos a receber propostas de interesse na empresa de companhias internacionais", afirmou, acrescentando que existem sete interessados na venda da empresa e que se está a aproximar a data em que as propostas vinculativas serão apresentadas.

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O ministro da Economia e do Mar descartou, no início de janeiro, a aplicação do modelo de uma "Efacec boa e Efacec má" no processo de privatização e garantiu querer encontrar uma solução que salvaguarde a globalidade da empresa.
"O que estamos a verificar é que há as quatro empresas nacionais e três internacionais que estão interessadas, de tudo aquilo que eu vi penso que se encontrarmos uma solução que salvaguarde o perímetro da empresa será muito benéfico para o futuro", disse o governante, na comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, no âmbito de uma audição regimental, em 17 de janeiro.
Se as negociações "forem conduzidas com sucesso, se houver interesses que são coincidentes, muito bem", agora "se houver interesses divergentes por áreas diferentes da empresa, que se construa uma estrutura acionista que seja estável e que permita salvaguardar o perímetro de funcionamento da empresa", salientou na altura.
O Governo tinha anunciado em 28 de outubro que a venda da Efacec ao grupo DST não foi concluída por não se terem verificado "todas as condições necessárias" à concretização do acordo de alienação.