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Para recordar e homenagear Adriano Moreira, "o patriarca generoso da democracia cristã", passaram pela TSF vários antigos líderes do CDS-PP: de Francisco Rodrigues dos Santos a Manuel Monteiro.
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O antecessor de Nuno Melo, que deixou a liderança do partido há menos de um ano, Francisco Rodrigues dos Santos, descreve Adriano Moreira como o patriarca generoso da democracia cristã portuguesa", mas também "o pedagogo da direita social em democracia".
"Sempre se assumiu como o grande herdeiro da democracia cristã europeia, mas, ao mesmo tempo, imprimindo-lhe um sentido de direita", disse Francisco Rodrigues dos Santos.

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Já Assunção Cristas afirma que Adriano Moreira nunca se desviou "dos valores que considerava estruturais" e "nos quais acreditava profundamente". A antiga presidente do CDS-PP, a única mulher a assumir o cargo, destaca ainda "o testemunho de fé" de Adriano Moreira, recordando as "palavras comoventes de um pai que perdeu o seu filho".
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"É a sua inspiração e a saudade que ficam", acrescenta.
Para José Ribeiro e Castro, o fundador do CDS "não se identificava com a política como um exercício de pugilato", com debates mais acessos na Assembleia da República, "como hoje vemos".
"Era um homem que tinha uma visão e ordenava a sua visão política para a construção do futuro e do presente, sempre com as suas ideias", diz.
Ribeiro Castro acrescenta que Adriano Moreira fazia política para "servir um projeto", nunca olhando a ambições pessoais.
Manuel Monteiro fala "num caso ímpar" na sociedade portuguesa, tendo em conta que Adriano Moreira "passou a ser consensual quando deixou a presidência do CDS". O também comentador da TSF destaca que Adriano Moreira "foi o primeiro a falar em Portugal da direita dos pobres".
Paulo Portas considera que Portugal perdeu este domingo "um dos nossos maiores sábios", um "estadista" e um "dos nossos melhores". Para o antigo líder centrista, Adriano Moreira - "um príncipe da política, um pensador da diplomacia" - deixa um "legado profundo" e "a essa memória nunca será demais prestar homenagem".
"Em 1986, ele foi o primeiro a falar da direita dos pobres, de que a direita nunca poderia esquecer os que mais sofriam. Numa época em que esse discurso não era muito bem entendido, principalmente pela esquerda", lembra.

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