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Manuel Heitor, ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, garante que apesar da ameaça de atentado, as instituições de ensino em Portugal são seguras e fez um apelo à solidariedade entre todos os estudantes, docentes e líderes das instituições.
"Vivemos numa sociedade onde cada vez temos mais conhecimento, mas também temos ameaças à nossa segurança pessoal e coletiva. Ainda esta semana o secretário-geral das Nações Unidas voltou a apelar à solidariedade entre as pessoas e as instituições. As ameaças que temos à segurança têm de ser combatidas com solidariedade. De facto não houve nenhum ataque porque os serviços de segurança conseguiram prevê-lo", explicou Manuel Heitor aos jornalistas, após um evento, esta sexta-feira, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa.
O ministro recorda que este tipo de ameaças à segurança tem sido cada vez mais frequente desde o 11 de Setembro de 2001, até mesmo nos países mais ricos da Europa.

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"É um caso inédito em Portugal e, por isso mesmo, não nos pode levar a deixar de frequentar as instituições, mas é obviamente um alerta ao esforço coletivo de solidariedade. Todos juntos temos, efetivamente, de garantir cada vez mais segurança. Vivemos numa sociedade com ameaças na saúde mental, com ansiedade entre jovens e adultos, e este caso é mais um que nos deve alertar para um movimento de solidariedade comum, mas nunca para nos fecharmos mais", sublinhou o ministro da Ciência.
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Sobre a decisão de não cancelar os exames, divulgada por Luís Carriço, diretor da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL), o ministro reforça que as instituições de ensino em Portugal têm total autonomia e respeita a decisão, uma vez que não houve qualquer incidente.
"Os dirigentes da instituição devem ter medido e avaliado as diferentes situações", afirmou.

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Para já, o Governo não tem prevista qualquer reunião para avaliar este caso.
"A ministra da Justiça já falou, o caso foi evitado. Mais uma vez apelo à solidariedade conjunta para que possamos discutir estes assuntos internamente nas instituições", acrescentou Manuel Heitor.

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