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A Internacional é um hino cuja letra original foi escrita em francês, em 1871, por Eugène Pottier, que foi um dos membros da Comuna de Paris, o primeiro governo operário da história.
O poema era para ser cantado ao ritmo da Marselhesa mas, em 1888, Pierre De Geyter fez a música definitiva para o poema proletário.
A versão portuguesa da letra é atribuída o anarcossindicalista Neno Vasco, que em 1909 traduziu este hino, com fidelidade ao original, do francês para o português.
E é esta letra que o Partido Comunista Português adota para ser ouvida no final das suas maiores iniciativas, comícios e grandes ações de campanha eleitoral.
A versão em russo serviu como hino da União Soviética de 1917 a 1941.
O medo do comunismo fez com que muitos países europeus proibissem A Internacional - e Salazar, em Portugal, fê-lo, logo em 1926.
Mas A Internacional não é cantada apenas por comunistas. Também socialistas, sociais-democratas e anarquistas em todo o mundo adotaram a Internacional como hino.
Cá em Portugal, o Partido Socialista usa também a melodia da Internacional como hino das suas iniciativas.
Fazia-o com frequência logo a seguir ao 25 de Abril. Depois, ao longo dos anos, essa utilização passou a ser mais rara.
Mas a letra da Internacional que o PS adotou como hino é ligeiramente diferente da versão cantada pelos militantes do PCP.
Por exemplo, logo no princípio da canção, os comunistas, de punho erguido, cantam assim os primeiros dois versos: "De pé, ó vítimas da fome!/De pé, famélicos da terra!"
Os militantes do PS começam este hino desta maneira: "A pé, ó vítimas da fome/Não mais, não mais a servidão."
E é assim, desde o 25 de Abril de 1974, sendo que a extrema esquerda mais radical que o PCP, geralmente alinhada com a UDP, um partido dessa época, gravou ainda outra versão, que não pegou.
Foi um trabalho do Grupo de Ação Cultural - Vozes na Luta onde pontificava José Mário Branco. Essa versão da Internacional começa assim: Em frente, operários camponeses/Às armas contra a opressão.
As divisões e as brigas históricas da esquerda refletem-se, portanto, nestas três versões da Internacional em português.
Vamos ouvir, na íntegra, a versão adotada pelo PCP, a mais usada hoje em dia, embora os comunistas, normalmente, só toquem a primeira parte deste hino, que glorifica a luta do trabalho contra o capital.
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