"Irritado" e "com sono". Costa pede desculpa por declaração sobre falta de contacto com Moedas nas cheias

Primeiro-ministro disse estar "irritado" e "com sono" depois de uma longa reunião com os parceiros europeus.

António Costa pediu desculpa, esta sexta-feira, pelas declarações que fez na quinta-feira à noite quando foi questionado, em Bruxelas, sobre o facto de não ter contactado Carlos Moedas depois das cheias que assolaram Lisboa na última semana. O primeiro-ministro admitiu que estava "irritado" e "com sono" após uma longa reunião com os parceiros europeus.

"Ontem à noite tive uma expressão infeliz, fiz um aparte irritado e peço desculpa por isso", admitiu Costa.

A pergunta desta sexta-feira até era sobre a entrevista que o governante deu à Visão, em que justificou a mudança na liderança da Iniciativa Liberal com a necessidade de "os queques" terem de "guinchar" para se fazerem ouvir na oposição, mas Costa sentiu necessidade de pedir desculpa pelas declarações de quinta-feira, em que acabou por ironizar, dizendo que o autarca de Lisboa também não o contactou.

"Pergunte-lhe porque é que ele não me contactou a mim, que tive a casa inundada", atirou na quinta-feira à noite.

Já sobre o facto de não ter estado no terreno nem durante nem após o temporal em Lisboa, o primeiro-ministro afirmou que o Governo é uma equipa.

"A ministra da Coesão Territorial tem ido a umas áreas e a ministra da Presidência a outras. Nem sempre posso estar, não tenho o dom da ubiquidade. Felizmente conto com um Governo que é, todo ele, uma equipa. O Governo organizou-se para responder desta forma, tem estado a trabalhar com as diferentes autarquias. Os danos estão a ser identificados. Neste momento não tenho prevista a visita aos locais mais afetados", justificou.

Quanto às previsões do Banco de Portugal, Costa considera que são agridoces. Com algumas boas notícias e outras que devem deixar os portugueses alerta.

"O Banco Central Europeu tem vindo a rever as suas expectativas sobre a inflação, considerando que é um fenómeno mais prolongado do que aquele que tinham previsto inicialmente. De qualquer forma já se prevê uma desaceleração da inflação, apesar de continuar a subir", acrescentou António Costa.

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