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Ana Gomes considera que Presidente da República e Governo estão demasiado colados um ao outro. A crítica foi feita na primeira entrevista enquanto candidata presidencial.
No programa Grande Entrevista da RTP, Ana Gomes sublinhou que os portugueses não têm visto o distanciamento desejável entre os dois órgãos de soberania. A candidata lembrou que jamais toleraria o episódio da Autoeuropa, em que António Costa lançou a candidatura de Marcelo Rebelo de Sousa.
"Mesmo que fosse o meu melhor amigo, jamais teria tolerado que um primeiro-ministro lançasse a minha recandidatura à Presidência da República, que foi o que se passou na Autoeuropa. Faço um balanço globalmente positivo do Presidente, no que diz respeito à discrispação do país e ao apoio ao Governo da geringonça que tirou o país da fossa das políticas de austeridade, mas cada macaco no seu galho", disse Ana Gomes.
Entre críticas, Ana Gomes não se esqueceu do partido. Lembrando que sempre que o PS não vai a jogo numa eleição presidencial, os escolhidos foram de direita. Sem o apoio do partido, a candidata diz acreditar que tem hipóteses de chegar a Belém.
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"Lembra-se quando Mário Soares se candidatou contra o professor Freitas do Amaral, passando à segunda volta. Na primeira volta, Freitas do Amaral até ganhou. E na segunda volta, Mário Soares conseguiu a convergência do campo que o apoiava, ganhou e fez uma belíssima presidência", referiu.