No discurso de encerramento, Jerónimo de Sousa voltou a clarificar que o PCP será poder se o voto assim o determinar e não procura entendimentos com vista a lugares.
«Aos que pensando e agindo apenas pelo poder e a politica logo que se verá, aqui reafirmamos que não peçam ao PCP que se acomode e ajeite à espera de lugares oferecidos. A nossa participação no poder será quando o povo quiser», adiantou o secretário-geral do partido.
Jerónimo de Sousa sublinhou também, no seu discurso, que o PCP não se limita à crítica e avançou com a apresentação de uma alternativa política para a ruptura que onsidera ser necessária para contrair a política do Governo de José Sócrates.
«Não nos limitamos à critica, mas a questão é que reabilitar ou retocar, pôr remendo novo em pano velho, ou antes um posicionamento de ruptura com esta politica. E esta [última] é a razão do nosso desafio, clarifiquem posições e podem contar com a clareza desta posição do partido comunista português», acrescentou.
Sobre a situação interna do partido, olhar interno, o secretário-geral do PCP justificou a saída de alguns nomes históricos do comité central salientando que vão continuar ligados ao partido.
«De uma forma geral são quadros que continuarão na direcção do partido ou no partido, e não faremos homenagens nem despedidas já que continuarão connosco e estarão com o partido, com o seu ideal, e a sua luta», clarificou Jerónimo de Sousa.
O comité central foi eleito, este domingo, com 98 por cento dos votos, com apenas oito votos contra e 17 abstenções.
Jerónimo de Sousa referiu ainda que o tom das intervenções durante os três dias de congresso foi de unanimidade, o que pode ter desiludido aqueles que vinham à espera de intervenções que espelhassem alguma divergência interna no PCP.
«Os que vivem da coisa mediática, da divergência, da zanga ficam desiludidos porque aqui não houve cenas de faca e alguidar», salientou.
O secretário-geral do PCP garante que o partido sai mais forte do congresso e já estabeleceu como trabalho para o próximo ano a participação nas eleições autárquicas e legislativas, tudo indica que com a coligação com o partido ecologista Os Verdes.
Em relação às presidênciais, Jerónimo de Sousa avançou que o partido vai manter uma posição e ideias próprias, fazendo assim antever que o PCP vai apresentar um candidato próprio.