Jerónimo de Sousa diz que não é possível misturar a água com o azeite. É esta a forma encontrada pelo secretário geral do PCP para reagir à manchete do semanário Expresso afirmando que o Presidente da República tem a intenção de voltar a propor, depois das autárquicas, um pacto de regime.
Para Jerónimo de Sousa esta proposta não tem viabilidade. O líder do PCP considera que não há condições para o chamado compromisso de salvação nacional.
«É o esforço que o Presidente mais uma vez vai fazer, possivelmente, tentando, mais do que salvar o país, salvar o Governo, como tem feito sistematicamente. Como se pode juntar a água com o azeite? Como se pode chegar a qualquer entendimento com os executores desta política que nos está a infernizar a vida?», questionou Jerónimo de Sousa, na Baixa da Banheira.
O secretário-geral do PCP protagonizou hoje uma concorrida "arruada", a jogar "em casa", na Baixa da Banheira, Barreiro, e denunciou aquilo que pensa estar a ser preparado pelo Governo - mais uma «pancada» nas pensões e reformas.
«O PSD e o CDS, não foi por acaso que não quiseram contar com o PCP. Por que contaram só com o PS? Porque foram eles que, criando o regime de exceção, tinham da nossa parte esta ideia: somos contra essas medidas sem respeitar princípios gerais e universais", afirmou Jerónimo de Sousa, acrescentando que "o que eles querem é justificar a pancada que querem dar nas reformas e pensões no próximo Orçamento do Estado».
