O secretário-geral do PCP ficou indignado com o facto de o presidente-executivo da EDP ter considerado que para se evitar um segundo resgate o Tribunal Constitucional devia ter em consideração o «contexto» do país.
Reagindo a uma entrevista dada por António Mexia à TSF e ao Dinheiro Vivo, Jerónimo de Sousa não se recordou apenas a passagem do gestor pelo Governo e os «salários e rendimentos dele».
«Olha quem fala: então não sabemos das rendas excessivas da EDP e que esta EDP tem uma caixa postal na Holanda para onde vão os lucros e os dividendos», adiantou, num ação de campanha na Quinta do Conde, no concelho de Sesimbra.
Jerónimo entende que se deve dizer a António Mexia que «pague o que deve e depois fale e que pague o que deve, porque entendemos que esses lucros devem ser taxados e devem sofrer carga fiscal».
Para o líder comunista, por outro lado, a carga fiscal não deve ser aplicada sobre «os que tão pouco têm e que pouco podem: os reformados e pensionistas».