Juventude Socialista apela ao voto nos candidatos de esquerda

São várias as figuras do Partido Socialista a apoiar Marcelo Rebelo de Sousa, mas a Juventude Socialista defende que o próximo chefe de Estado deve ser um dos candidatos da esquerda: Ana Gomes, Marisa Matias ou João Ferreira. Combate à extrema-direita entre as reivindicações dos jovens socialistas.

A decisão foi quase unânime na Comissão Nacional da JS: liberdade de voto, mas com a indicação de "recomendar aos seus militantes analisar, apoiar e envolverem-se nas campanhas dos candidatos à esquerda".

Na resolução aprovada pelos militantes reunidos digitalmente, lê-se que apesar da abstenção institucional de apoiar um candidato, não estão impedidos de seguir uma agenda de causas e valores e, portanto, apresentam 15 reivindicações.

À cabeça - e sem nomear diretamente o Chega ou André Ventura -, a JS salienta que "as últimas eleições legislativas conferiram representação parlamentar a um partido de extrema-direita, que não só não apresenta um projeto político coerente com os valores fundadores da nossa Democracia, nomeadamente o compromisso com o Estado Social, como pretende criar um país divisionista, com protagonistas que participaram em movimentos terroristas e com um programa reiteradamente inconstitucional".

Adiante, a resolução nota que "com a bênção do PSD", o Chega pretende uma revisão da Constituição com a qual esta juventude partidária não se revê. Daí, a Juventude Socialista exorta os candidatos "a combater o populismo de extrema-direita e a sua normalização" e a "repudiar qualquer revisão constitucional que atente contra o núcleo fundamental dos direitos, liberdades e garantias".

Entre outras reivindicações, a JS gostaria que os candidatos presidenciais assumissem o compromisso de ter um jovem no Conselho de Estado "com idade igual ou inferior a 30 anos e percurso de intervenção cívica de reconhecimento mérito".

Na lista somam-se a agenda climática, combate à precariedade laboral e habitacional, a defesa da regionalização, o assumir de uma atitude inequivocamente feminista e antirracista ou a legalização da canábis. Já no plano internacional, a defesa da paz, dos direitos humanos, do multilateralismo e da autodeterminação dos povos.

A resolução foi aprovada com 105 votos a favor, 1 voto contra e 1 abstenção.

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG

Patrocinado

Apoio de