- Comentar
Francisco Rodrigues dos Santos diz não compreender porque razão o CDS tem de iniciar um processo interno antecipado de eleição de líder só porque vão haver eleições legislativas e considera que não pertence à "aristocracia feudalista" que se instalou no partido durante duas décadas.
"Não pertenço ao sistema, sou um tipo que vem de fora, do interior do país, subiu na vida a pulso, não pertenço a esta aristocracia que se instalou no CDS durante 20 anos. Portanto, sou estranho a esta lógica de grupo, então tenho de saltar borda fora porque importante é cada um tratar do seu quintalzinho e decidir aqui como é que se faz a gestão das listas. E tenho de ser corrido", explicou Francisco Rodrigues dos Santos no programa "Em Alta Voz", da TSF e DN.
Para o líder do CDS, os portugueses conseguem perceber que o que está em causa não é um choque de ideias e acusa Nuno Melo de não defender ideias para o país.
"Não há. O que o Nuno Melo tem dito, juntamente com os seus apoiantes é: o Francisco tem que sair, não tem condições, não tem pedigree, não tem categoria, é um incapaz, é inábil, o CDS é irrelevante. Pois esta conversa do CDS é irrelevante é uma extraordinária ironia. É que eles têm todos muito mais tempo de antena em televisão do que eu tive ao longo deste ano e meio", acrescentou.
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
O Conselho Nacional do CDS decidiu, por proposta da direção, desconvocar o congresso eletivo do partido e o líder do partido quer que se realize depois das eleições legislativas antecipadas de 30 de janeiro.

Leia também:
"Nuno Melo tem feito uma oposição trauliteira, agressiva e sarrafeira"
Nuno Melo impugnou esta decisão junto do Conselho Nacional de Jurisdição, órgão que lhe deu razão e declarou nula a convocatória da reunião que aprovou o adiamento, mas ainda não se pronunciou quando à impugnação da decisão.