Limite de Lucros? "Mais vale tarde do que nunca. Portugal andou mais depressa", garante Pedro Marques

Eurodeputado socialista defendeu ainda "um novo" programa de apoio ao emprego "que venha para ficar".

O eurodeputado Pedro Marques (PS) lamentou esta quarta-feira que a porta da Comissão Europeia para limitar os lucros das produtoras de electricidade venha "tarde", afirmando que governo como o de "Portugal e Espanha" conseguiram andar "mais depressa nesta matéria".

A presidente da Comissão Europeia tinha anunciado que Bruxelas vai "propor um limite máximo para as receitas das empresas que produzem eletricidade a baixo custo", uma vez que "estas empresas estão a ter receitas que nunca previram e com as quais nunca sonharam".

Von der Leyen considerou que "em tempos como os que vivemos, não é correto embolsar lucros extraordinários sem precedentes em resultado da guerra e à custa dos consumidores", embora afirme que "na nossa economia social de mercado, o lucro é algo positivo".

Porém, entende que este "é o momento de os partilhar e de os canalizar para quem mais precisa", calculando que o a proposta "irá angariar mais de 140 mil milhões de euros para os Estados-Membros poderem atenuar os efeitos diretamente".

A proposta da comissão dirige-se também "à indústria dos combustíveis fósseis", aos quais "cabe contribuir de alguma forma", assim como "as grandes empresas petrolíferas, de gás e de carvão", que também "estão a ter lucros avultados".

"Por conseguinte, têm de pagar uma quota justa - têm de dar uma contribuição de crise", afirmou Von der Leyen, salientando que "todas estas são medidas temporárias e de emergência em que estamos a trabalhar, incluindo as discussões sobre os limites máximos dos preços".

"Presidente Von der Leyen, o compromisso de limitar lucros especulativos para fins sociais é positivo", admitiu Pedro Marques, considerando porém que a iniciativa "vem tarde, mas mais vale tarde do que nunca".

"Há países que andaram mais depressa nesta matéria, como foi o caso de Portugal e Espanha, protegendo os consumidores, baixando as tarifas. Ainda bem, mas nem todos foram tão lestos", lamentou.

"Esperamos agora determinação da Comissão e que acabe, por fim, de arrastar os pés do lado do Conselho", criticou, considerando que são necessárias medidas para "baixar a fatura energética de famílias e pequenas empresas".

A falar diretamente para Von der Leyen, durante o debate em Estrasburgo, Pedro Marques defendeu ainda "um novo" programa de apoio ao emprego "que venha para ficar, para nos proteger dos efeitos do desemprego", considerando que "com a guerra a sentir-se cada vez mais na Europa, é nosso dever proteger os europeus deste tsunami social".

"Para que a onda de solidariedade e a solidariedade europeia com a Ucrânia não perca força", Pedro Marques apelou a "um futuro com mais igualdade, sem populismos e sem tirania", tendo Bruxelas que "agir já para que o inverno não congele a esperança dos europeus".

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