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O Governo prepara-se para cancelar o projeto de mineração de lítio em Montalegre e o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, justificou a decisão com "falta de profissionalismo" por parte da LusoRecursos.
"Se a LusoRecursos não for mais profissional do que aquilo que tem sido é inevitável que esses prazos se esgotem e que essa licença venha a ser revogada. A LusoRecursos já apresentou por duas vezes o estudo de impacto ambiental junto da APA [Agência Portuguesa do Ambiente]. Na primeira vez foi liminarmente rejeitada e na segunda foi considerada desconforme. A LusoRecursos pediu um adiamento de prazos até, salvo erro, agosto para poder voltar a entregar um novo estudo de impacto ambiental. O próximo estudo tem mesmo de vir muito bem e de estar em condições de permitir avaliar quais são os impactos ambientais gerados por uma atividade como esta", explicou Matos Fernandes em declarações à RTP3, à margem de um evento em Lisboa.
O ministro considera muito improvável a hipótese de haver uma mina de lítio em Montalegre e confessou estar sobretudo preocupado com a dimensão técnica da questão.

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"Sabemos que a exploração do lítio tem de ser feita de forma diferente de como foi feita no passado. Na próxima semana teremos, no âmbito da Presidência Portuguesa, uma conferência sobre a exploração verde. Agora apenas à espera da promulgação da lei das minas. Com a competência técnica que tem sido demonstrada dificilmente chegaremos lá", acrescentou o ministro do Ambiente.
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