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O ministro da Administração Interna realçou esta quinta-feira a importância das buscas que a Polícia Judiciária realizou na Secretaria-Geral do MAI (SGMAI), a quatro empresas e três residências particulares relacionadas com os contratos com a rede de emergência do Estado SIRESP e explica que tiveram como objetivo a obtenção de "elementos", mas reiterou que há "razões para confiar e acreditar nas nossas instituições".
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José Luís Carneiro assinalou haver "vozes que insistentemente colocavam em causa clareza e transparência dos procedimentos aquisitivos da parte de várias instituições, quer da SGMAI, quer da própria empresa SIRESP" e que tal levou a ex-ministra da Administração Interna e da Justiça, Francisca Van Dunem, a fazer em março deste ano uma participação ao Ministério Público para que este "atuasse e procurasse esclarecer se efetivamente essas suspeitas tinham ou não fundamento".
As buscas desta quinta-feira, explicou em declarações aos jornalistas, aconteceram "no sentido de obter elementos para procurar esclarecer essas dúvidas".
Para o ministro, "é muito importante que as instituições funcionem" de modo que "se dê confiança aos cidadãos nas instituições" e para que "se garantam níveis elevados de isenção, imparcialidade e transparência nos procedimentos públicos".
"Temos razões para confiar e acreditar nas nossas instituições", aproveitou para garantir.
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Esta quinta-feira, o Ministério da Administração Interna já tinha manifestado "satisfação" pelas buscas numa resposta enviada à agência Lusa.
O MAI referia ainda que a SGMAI e a SIRESP SA vão prestar "toda a colaboração que lhes for solicitada por parte das autoridades competentes". Segundo a nota divulgada pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), a investigação está a ser conduzida pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ.
Em causa estarão os crimes de tráfico de influência, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, corrupção passiva, corrupção ativa, participação económica em negócio, abuso de poder e prevaricação.