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Marcelo Rebelo de Sousa pediu aos portugueses para terem "precauções" esta quinta-feira à noite e nos próximos dias, caso a previsão de chuva se mantenha e também admitiu que se as inundações passarem a ser "uma realidade nova" e mais frequente será preciso "encontrar formas financeiras" para prever situações equivalentes.
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"Hoje, as pessoas acabam por esperar da parte dos poderes públicos o que se chama responsabilidade objetiva, quer dizer, mesmo que não tenham uma responsabilidade específica por aquilo que acontece, haver apoios que sirvam, como se diz também hoje, para mitigar, reduzir, aligeirar os danos sofridos", afirmou Marcelo.
Apesar de reconhecer que não conhece, com rigor, a forma como a Proteção Civil e as autarquias se organizaram para responder às inundações na capital, o chefe de Estado acredita que os responsáveis estão a analisar o que se passou e a prevenir novos problemas.

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"São tantas as entidades que têm de intervir. A Proteção Civil tem muitas vertentes e dimensões. Há estruturas autárquicas e bombeiros. Estão todas muito alerta para aquilo que pode acontecer", afirmou o Presidente da República.
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Marcelo salientou que a aprendizagem com essas situações mostrou que "primeiro há que fazer o levantamento, para saber exatamente o que aconteceu e em que termos aconteceu, depois pensar na periodicidade com que acontece, e depois criar esquemas, a prazo, para encarar essas situações".
"O que se tem feito é, pontualmente, haver atuações para o que é mais urgente, mas provavelmente o que vai ser preciso é encontrar formas financeiras para prever situações dessas, mesmo quando elas são de ocorrência muito anómala", defendeu.
Também questionado sobre a eutanásia, Marcelo disse não ter muito a acrescentar.
"O Parlamento ainda não vetou em plenário, será amanhã, e depois há aquele prazo de tempo. A seguir há o envio para Belém, estamos a poucos dias. É certamente antes do Natal. Vale a pena esperar por isso para eu tomar uma decisão", acrescentou.