Marcelo admite estado de emergência até maio ao ritmo do desconfinamento

O Presidente da República afirma que "é muito provável" que o estado de emergência "acompanhe" o plano de desconfinamento.

O Presidente da República adiantou esta segunda-feira que o decreto do próximo estado de emergência será "sensivelmente igual ao do anterior".

"Havendo um plano de desconfinamento até maio, quer dizer que há atividades confinadas parcialmente até maio e, portanto, é muito provável que haja estado de emergência a acompanhar essa realidade", admitiu também o Presidente da República, lembrando que o mesmo "legitima as restrições".

"Além desta renovação que é praticamente certa, é provável que haja outras renovações, dependendo do plano de desconfinamento", explicou.

"Todos queremos que a escola seja isto, presença"

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deixou o desejo de que seja possível, depois da Páscoa, "ir abrindo de acordo com o calendário já conhecido, as escolas de todo o país", assim como a atividade social e económica.

Para tal, alertou o chefe de Estado, é preciso que os portugueses "compreendam a importância do passo que está a ser dado" e que este seja "o mais definitivo possível".

"Foi bem escolhido, da parte do Governo - e teve o apoio do PR - que a escola seja um elemento essencial do processo de reabertura", sublinhou também Marcelo numa visita a um estabelecimento de ensino.

Suspensão da AstraZeneca: "A Europa não pode ser o reino dos egoísmos"

O Presidente da República revela que já tomou a segunda dose da vacina da Pfizer "vai para três semanas".

"Devo reconhecer que a vacinação não correu bem na Europa", admitiu o Presidente da República, citando as falhas no fornecimento, produção e entrega dos fármacos, que levou a que não fosse cumprido o que está nos contratos.

Assim, o segundo trimestre do ano "tem de ser uma recuperação" do que não foi possível no primeiro.

Sobre a suspensão do uso da vacina da AstraZeneca, Marcelo assinalou que a UE é "uma união e não um somatório de egoísmos", pelo que "não ia correr cada um por si, isoladamente, tomar a decisão de suspender ou não".

"Teria sido preferível" que a Europa "como um todo", dirigisse as suas dúvidas a um órgão de referência, algo que acabou por acontecer depois do parecer da Agência Europeia do Medicamento, que declarou a vacina como "segura e eficaz".

Assim, "já foi reatado hoje mesmo, em Portugal e noutros países, o processo de vacinação", assinalou também.

"A Europa não pode ser o reino dos egoísmos e individualismos, tem de ser um projeto comunitário", reforçou o chefe de Estado.

"Meta fundamental" é ter 70% da população vacinada em setembro

Questionado sobre se acredita que a Europa pode atingir a imunidade coletiva a 14 de julho, Marcelo Rebelo de Sousa assinalou que, para já, é melhor "esperar que haja, no segundo trimestre, um número suficiente de vacinas para recuperar o calendário que se atrasou".

Garantida essa capacidade de recuperação, é preciso que no segundo trimestre e início do terceiro trimestre o país chegue a "70% da população portuguesa vacinada, um grau de imunização muito significativo".

"Essa é a meta fundamental. E para ser possível - estamos a falar de setembro - é preciso que haja vacinas e que o ritmo de vacinação seja intenso", sublinhou, escusando-se a comentar sobre a meta europeia.

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