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Marcelo Rebelo de Sousa garante que vai tratar, com urgência, dos diplomas que foram aprovados esta quinta-feira de manhã pelo Governo para fazer frente à crise na habitação. O Presidente da República admitiu que ainda não leu os documentos, mas será isso que vai fazer assim que chegar ao Palácio de Belém, tendo em conta que as medidas só entram em vigor depois da promulgação.
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"Daquilo que vi da lista de diplomas, pareceu-me que eram os mais urgentes, para produzirem efeitos na vida de muitos portugueses. Se são urgentes, chegando a Belém, serão promulgados com urgência", garantiu Marcelo na inauguração da exposição evocativa de Amílcar Cabral, promovida pela Comissão Comemorativa dos 50 anos do 25 de Abril.
Questionado sobre a atual situação económica mundial e europeia, o chefe de Estado admitiu estar preocupado e criticou a subida acentuada dos juros que pode dificultar a saída da crise.

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"Preocupa-me um pouco a situação económica que se vive este momento, não especificamente em Portugal, mas no mundo e com eco na Europa. Não podemos ser insensíveis ao que aconteceu com entidades bancárias norte-americanas, isso preocupa-me. Isso provavelmente provoca, da parte das entidades reguladoras, uma confirmação da subida de política de juros muito acentuada. Tudo somado pode dificultar a saída da crise e a recuperação das economias. Não escondo que esta evolução não facilita a tarefa dos governos, da recuperação económica e pode significar a persistência de fatores de crise. Os sinais de fora, inesperadamente, não são bons. Continuamos a ter uma guerra, uma inflação elevada em vários países do mundo", admitiu o Presidente da República.
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Já sobre a vinda de Lula da Silva a Portugal no 25 de Abril, Marcelo voltou a afirmar que não vê qualquer problema.
"Não percebi as reticências de que o chefe de Estado de um país que nasceu da descolonização prometida pelo 25 de Abril pudesse participar, intervindo na cerimónia do 25 de Abril. O 25 de Abril está muito ligado à descolonização. A coisa mais natural do mundo é que representantes de povos e Estados que resultaram da descolonização possam intervir em celebrações da liberdade e democracia em Portugal", acrescentou.