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O Presidente da República português, Marcelo Rebelo de Sousa, confirmou esta quinta-feira a presença nas cerimónias fúnebres da rainha do Reino Unido, Isabel II, em representação do mais antigo aliado britânico.
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Em declarações aos jornalistas em Brasília, capital do Brasil, Marcelo Rebelo de Sousa lembrou que o Reino Unido é "o mais antigo aliado português" e "só podia ser o chefe de Estado a estar presente em representação dos portugueses" no funeral de Isabel II, que morreu hoje com 96 anos.
"Quando forem, naturalmente lá estarei", referiu, acrescentando que o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, também estará presente nas cerimónias fúnebres.

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"Logo no início do seu reinado teve uma visita em plena ditadura, mas foi um grande sucesso, em 1957, e nunca mais se esqueceu disso. Quando fui recebido no palácio de Buckingham em 2016 recordou isso, passo a passo, pormenor a pormenor, cidade a cidade, vila a vila, como recordou também a vinda 25 anos depois, estava Portugal em entrar nas comunidades europeias", recordou o chefe de Estado português.
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Marcelo lembrou também o papel que Isabel II teve e as "qualidades excecionais que demonstrou ao longo de muitas décadas do século XX e duas décadas do século XXI", demonstrando sempre "coragem, determinação, sentido de Estado e noção das instituições, sendo símbolo de unidade no seu país, na comunidade de língua inglesa, com peso no mundo, capacidade de adaptação da instituição à mudança dos tempos".
O chefe de Estado conta que, quando visitou Londres e foi recebido pela rainha em 2016, falou com a rainha sobre as duas visitas a Portugal, sendo que esta recordava ainda a primeira, de 1957, "passo a passo, pormenor a pormenor, cidade a cidade e vila a vila".
Na visita de Marcelo a Londres, Isabel II "estava a perceber o que ia mudar nas relações entre países, não no fundamental, mas com o Brexit", sabendo no entanto que Portugal ganharia um "papel muito importante como aliado clássico para fazer a ponte com o Reino Unido, porque havia uma nova comunidade de portugueses muito jovem, que não tinha existido até então, e uma renovação da comunidade britânica em Portugal" e "acompanhou tudo isso".
Isabel II era uma monarca com uma "inteligência analítica" que conheceu "todos os líderes possíveis" em todo o mundo, acrescentou: "Tudo isso lhe dava uma grandeza que está na nossa memória, como está a gratidão por aquilo que fez permanentemente pela aliança entre Portugal e o Reino Unido."
A rainha Isabel II morreu hoje aos 96 anos no Castelo de Balmoral, na Escócia, foi anunciado através da rede social Twitter da família real.
"A rainha morreu pacificamente em Balmoral esta tarde. O Rei e a Rainha Consorte permanecerão em Balmoral esta noite e voltarão a Londres amanhã [sexta-feira]", acrescenta a mensagem.