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A dirigente socialista Mariana Vieira da Silva defendeu este sábado a continuidade estratégica no PS, criticou as soluções liberais económico-sociais, fez rasgados elogios ao líder e destacou a ação da ministra Marta Temido contra a pandemia da Covid-19.
Mariana Vieira da Silva, ministra de Estado e da Presidência, apresentou no 23º Congresso Nacional do PS, no Portimão Arena, a moção política de orientação global do secretário-geral, António Costa, documento o qual coordenou.
Na sua intervenção, com pouco mais de dez minutos, Mariana Vieira da Silva salientou o objetivo de manter "um diálogo construtivo com todas as forças progressistas", embora sem mencionar outros partidos, e afirmou que o PS está em melhores condições para combater o populismo e a xenofobia, "com os quais alguns querem colaborar" -- aqui, numa indireta ao PSD.
Mariana Vieira da Silva procurou também evidenciar os resultados de seis anos de governação minoritária socialista, dizendo que a primeira e nuclear opção foi adotar uma alternativa à via da austeridade do anterior executivo PSD/CDS-PP, "baseada na estranha ideia de que para melhorar o país era preciso empobrecer as pessoas".
"Sabemos quais são as boas políticas", sustentou, antes de se referir à forma como o atual Governo enfrentou a pandemia da covid-19, destacando aqui a ministra da Saúde, Marta Temido -- palavras que motivaram uma salva de palmas por parte dos congressistas.
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De acordo com Mariana Vieira da Silva, membro do Secretariado Nacional do PS, "há razões para orgulho na forma como a pandemia foi combatida", com Portugal entre os primeiros países com mais cidadãos vacinados e com o Serviço Nacional de Saúde "já em recuperação ao nível de consultas e de cirurgias".
Perante estes resultados, a titular da pasta da Presidência advogou a importância de haver "uma linha de continuidade estratégica" no PS e de se assumir o desafio da recuperação do país, contrariando "as vozes dos mesmos de sempre", das correntes liberais, que falam em estagnação.
Neste ponto, a dirigente socialista disse ser necessário um compromisso alargado social para o combate à pobreza e para a redução das desigualdades e advertiu que só os socialistas podem assegurar uma "agenda de modernidade" nas autarquias, com o lançamento de um processo tendo em vista a regionalização na próxima legislatura
"Precisamos de uma grande vitória autárquica no próximo dia 26", declarou.
Mariana Vieira da Silva, apontada como potencial candidata à sucessão do atual secretário-geral, deixou no final da sua intervenção um rasgado elogio a António Costa.
"Só o PS tem António Costa, que lidera o partido e o país e que é uma das vozes mais respeitadas na Europa", disse.
António Costa, de acordo com esta dirigente socialista, "antecipou os desafios, definiu a estratégia e construiu à esquerda as soluções políticas para a prosseguir".
"É por todas estas razões que no próximo dia 26 precisamos de uma grande vitória eleitoral. É preciso unir e mobilizar o PS, unir e mobilizar o país", acrescentou.