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Na véspera do Conselho Europeu, quando ainda se discutem mecanismos para limitar o aumento dos preços na energia, António Costa defendeu o acordo entre Portugal e Espanha, para um mecanismo ibérico, que já permitiu uma poupança de 360 milhões de euros.
O primeiro-ministro, perante os deputados, no debate preparatório do Conselho Europeu, salientou ainda que os governos dos dois países devem, desde já, negociar a extensão do acordo para lá de maio do próximo ano, para continuar a limitar o impacto da subida do preço do gás na eletricidade.
"É absolutamente essencial que Portugal e Espanha procedam, desde já, às negociações necessárias para a extensão da solução ibérica depois de maio do próximo ano, visto que este mecanismo é o que tem permitido mitigar o impacto da subida do preço do gás no preço da eletricidade", defendeu.

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António Costa explicou ainda que a poupança de 360 milhões de euros se deve "à despesa que teria existido sem esse mecanismo", desde 15 de junho até 30 de novembro deste ano.
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O conselho de ministros da energia, que decorre esta tarde, está a debater três propostas, e António Costa lembra que "para duas delas já há consenso", na compra conjunta de gás e simplificação dos processos de licenciamento para energias renováveis.
Ficam a faltar "consensos" na fixação do limite do preço do gás, para "controlar a evolução do preço do gás no mercado internacional". O primeiro-ministro defende a "revisão de todo mecanismo de fixação de preços, pondo termo à fixação marginalista".
Questionado sobre o gasoduto entre Portugal, Espanha e França, o chefe de Governo revelou que o troço português vai custar "cerca de 360 milhões de euros", com metade do valor a ser suportado por fundos europeus.
"São cerca de 360 milhões de euros, sendo financiáveis em 50% pelo mecanismo de facilidade europeu", disse.

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