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Quando se trata de dar notas ao desempenho do Presidente da República, nunca foi tão curta a margem entre as opiniões positivas, agora nos 45%, e as notas negativas que galgam para os 35%.
A avaliação de Marcelo Rebelo de Sousa tem vindo a cair de forma consistente, desde há um ano, registando o valor mais baixo desta sondagem, longe dos mais de 60% que já recolheu.
Analisando as respostas de há cerca de um ano e as atuais, constata-se que o Presidente caiu na aprovação dos mais velhos e entre os eleitores socialistas que, ainda assim, são aqueles que mais apoiam Marcelo.
Ouça aqui os destaques desta sondagem
Os inquiridos ainda depositam mais confiança em Marcelo Rebelo de Sousa (47%) do que em António Costa (13%), enquanto 32% manifestam a mesma confiança nos dois. Continua elevado o número daqueles que querem que o Presidente seja mais exigente para com o Governo: são 76% a favor e 17% contra.
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Depois da demissão de Pedro Nuno Santos, na sequência da indemnização de 500 mi euros paga a Alexandra Reis, houve quem sugerisse antecipar as legislativas, mas o Presidente fechou totalmente essa porta e fez bem, na leitura de 58% dos inquiridos nesta sondagem. Apenas 18% discordam.

© Infografia JN
E se Marcelo considerou que não existe uma alternativa "evidente, forte e imediata" ao atual Governo, os inquiridos dão-lhe razão quando respondem que o PSD não está preparado para liderar o governo, ideia que vence até junto daqueles que se assumem como eleitores do PSD.
Os social-democratas dividem-se, mas são mais (44% contra 40%) aqueles que respondem que o PSD não está preparado para ser Governo.
No total, 63% consideram que o partido liderado por Luís Montenegro não está ainda à altura, outros 21% respondem que sim e 16% não sabem.

© Infografia JN
Mas o Governo também não sai bem na fotografia desta sondagem porque quando se pergunta se irá executar da melhor forma os fundos europeus, o "não" é a resposta dada por mais de metade dos inquiridos. 32% consideram que "sim" (entre eles os eleitores socialistas), e outros 17% não sabem.
No momento em que a Iniciativa Liberal se prepara para mudar de liderança, fica claro que para mais de metade dos eleitores liberais (54%) a saída de João Cotrim de Figueiredo vai ser negativa, apenas 13% esperam efeitos positivos e outros 25% não esperam grandes diferenças. Nas respostas globais da sondagem,as opiniões dividem-se, comcerca de um terço de respostas para cada uma das hipóteses.
Ficha técnica
A sondagem foi realizada pela Aximage para a TSF, JN e DN com o objetivo de conhecer a opinião dos Portugueses sobre temas relacionados com a avaliação dos protagonistas políticos.O trabalho de campo decorreu entre os dias de 10 e 14 de janeiro. Foram recolhidas 805 entrevistas entre maiores de dezoito anos residentes em Portugal. Foi feita uma amostragem por quotas, com sexo, idade e região, a partir do universo conhecido, reequilibrada por sexo e escolaridade. À amostra de entrevistas, corresponde um grau de confiança de 95% com uma margem de erro de 3,45%. A responsabilidade do estudo é da Aximage Comunicação e Imagem Lda., sob a direção técnica de Ana Carla Basílio.