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O ministro da Educação, João Costa, garantiu esta sexta-feira que o Governo está a fazer aproximações aos sindicatos e que os mesmos reconheceram "a boa-fé do Governo" nas negociações. Contudo, o apelo ao fim das greves não foi ouvido.
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"Há passos de aproximação por parte do Ministério da Educação a algumas das questões que tinham sido levantadas nas últimas reuniões, no que diz respeito a correções nas ultrapassagens nos concursos, à designação dos quadros de zona pedagógica, às questões de percentagem de contratação direta de professores", enumerou o ministro, assegurando que o Governo tem "mais de dez pontos entre aproximações e propostas que respondem àquilo que são reivindicações antigas dos professores e dos sindicatos".
João Costa acredita que "houve o reconhecimento do esforço do Governo nas negociações" por parte dos sindicatos. No entanto, o apelo ao fim da greve não foi ouvido.
"Fizemos um apelo ao fim da greve. Se estamos a negociar, não há razão para continuarmos com esta perturbação do sistema", disse, explicando, no entanto, que alguns sindicatos disseram: "Nós vamos continuar com as greves, porque nem todas as reivindicações estão a ser cumpridas."
E pede: "Tem de haver agora o bom senso de percebermos que o prejuízo que está a ser trazido à escola pública e aos alunos não é compatível com o recurso a formas extremadas de luta."
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"Foi-nos proposta uma mesa única negocial e perguntámos aos sindicatos se aceitavam essa proposta. Houve sindicatos que não aceitaram e nós respeitamos", adianta o ministro.
Quanto à resposta às reivindicações dos sindicatos, o Governo tem de "tomar opções" e essa passou por "centrar no combate à precariedade e nas resoluções para os problemas das deslocações dos professores", explicando que o "sistema de combate à precariedade abrange 20 mil professores contratados".
"Sabemos que há uma reclamação que é comum a todos os sindicatos que é a recuperação de tempo de serviço. Há opções a fazer em termos de prioridades. O pacote de medidas que apresentamos esta semana corresponde a um volume anual de cem milhões de euros, que acresce a 200 milhões de euros que é o impacto continuado do descongelamento da carreira. Estamos a falar em valorizações salariais dos professores contratados", disse João Costa.