«Esta moção de censura responde por mais de metade da população portuguesa. Os desempregados, os trabalhadores precários e quem tem sido destruído por uma economia cruel. Portugal é hoje um país mais desigual que o Egipto em todas as comparações internacionais», afirmou Francisco Louçã.
O líder do Bloco de Esquerda falava, este sábado, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, onde é o principal orador do Curso de Introdução à Economia Política.
Francisco Louçã afirmou que a moção que o Bloco de Esquerda vai apresentar contra o Governo a 10 de Março tem como razões fundamentais «salvar o país e as gerações que estão a ser destruídas pelas medidas que o Governo apresenta para promover a facilidade dos despedimento», mas também defender «uma geração de trabalhadores, jovens cientistas que vivem à procura da bolsa, de trabalhadores qualificados que vivem à espera do recibo verde».
«Percebo que os barões da situação estejam irritadíssimos e estou convencido de que ficarão mais irritados ainda quando souberam as duas razões fundamentais para esta moção de censura», afirmou.