Moedas admite tentar reduzir custos da JMJ e fará "a vontade da Igreja e do Presidente"

Autarca de Lisboa mantém que a câmara não vai gastar mais do que 35 milhões de euros no evento.

O presidente da câmara municipal de Lisboa garante que vai fazer "aquilo que for a vontade do Presidente da República e da Igreja" na preparação da Jornada Mundial da Juventude e, embora não possa garantir que é possível reduzir os custos previstos, mantém que a autarquia não vai gastar mais do que 35 milhões de euros no evento.

Em declarações aos jornalistas, Moedas reiterou que, quando assumiu a presidência da autarquia, não havia "absolutamente nada feito" no sentido de preparar a JMJ e, quando pegou no projeto, teve como preocupação "limitar os custos".

"Aquilo que for a vontade do Presidente da República e da Igreja eu farei e ajudarei. Agora, estamos a 186 dias, o que podemos fazer é melhorar, rever o projeto, mas tem de ser feito", lançou, admitindo "mais eficiência e, eventualmente, ainda tentando reduzir custos".

"Não sei se é possível [reduzir custos], o que sei é que é possível é continuar a trabalhar", asseverou. "A minha preocupação com os custos é total, mas temos de ter um sentido de dimensão", assinalou, antes de destacar que o Governo já disse que "só entre casas de banho e o que vão ser os ecrãs estamos a falar de oito milhões de euros".

Numa resposta às críticas de que tem sido alvo por não ter havido concurso público para a obra do altar-palco no Parque Tejo - que vai custar mais de quatro milhões de euros e cujo projeto foi entregue à Mota-Engil -, Moedas assinalou que este "poderia ter-se feito se as coisas tivessem sido feitas [a tempo]", mas quando assumiu a câmara, teve de "acelerar e de fazer".

"Não vou falhar", garantiu, reiterando que o custo total para a câmara vai ficar abaixo dos 35 milhões de euros. A "decisão" - como coloca a questão - está nas mãos dos "lisboetas e portugueses: querem ou não o papa no maior evento de sempre em Lisboa? Eu quero muito."

O autarca falava aos jornalistas à margem da cerimónia evocativa por ocasião do Dia Internacional em Memória do Holocausto, no Capitólio, em Lisboa.

A Jornada Mundial da Juventude, considerada o maior acontecimento da Igreja Católica, vai realizar-se este ano em Lisboa, entre 01 e 06 de agosto, sendo esperadas cerca de 1,5 milhões de pessoas.

As principais cerimónias da jornada decorrem no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

As jornadas nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

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