Montenegro diz que Governo "dá uma pequena parte, depois de obrigar a um grande sofrimento"

O líder social-democrata considera que "o Governo é simultaneamente insensível, inconsistente e incoerente".

O presidente do PSD afirma que o Governo vem, "tarde e a más horas", apresentar um pacote de ajuda aos portugueses para combater a inflação, depois de "provocar um grande sofrimento" ao cobrar "impiedosamente impostos".

"Creio que o Governo não consegue esconder a sua insensibilidade e lentidão. Insensibilidade por quê? Porque cobra impiedosamente impostos, acumula receita das famílias e das empresas para, tarde e a más horas, vir com um pacote de ajuda que o PSD vem reclamando há vários meses", afirmou Luís Montenegro no Luxemburgo.

E acusa: "O Governo dá uma pequena parte, depois de obrigar a um grande sofrimento."

Para o líder social-democrata, o Governo "é simultaneamente insensível, inconsistente e incoerente".

"Há poucos dias, o ministro das Finanças afastava a possibilidade de baixar o IVa nos produtos alimentares. Na quarta-feira, o primeiro-ministro vai ao parlamento e afirma que está a estudar essa possibilidade. Na sexta-feira, apresenta um powerpoint, mas ainda não se sabe qual é o desenho final dessa descida, quais são os produtos desse cabaz e a forma como se vai operacionalizar", referiu Luís Montenegro.

O presidente do PSD afirma que "naturalmente que a ajuda era necessária e era necessária que fosse mais abrangente".

"Em agosto, quando o PSD propôs um vale alimentar, uma ajuda direcionada especificamente para a alimentação, porque os preços estavam a exceder a inflação, fomos apelidados de paternalistas, assistencialistas. O Governo adjetivou de várias formas a nossa proposta e agora rendeu-se, sete ou oito meses depois, a uma ajuda que estava na nossa visão inicial. Era inevitável", considera.

Relativamente à descida do défice, Montenegro é taxativo: "Eu não como défice, nem é o défice que me põe comida na mesa."

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