Moreira da Silva e a linha vermelha com o Chega: "Se não formos claros, estamos a encolher as chances"

O candidato à liderança do PSD critica o "ziguezague" de Luís Montenegro em relação ao partido de André Ventura.

Moreira da Silva garante que "o não" ao Chega é absoluto, e lembra "a linha vermelha" que traçou desde o início da corrida à liderança do PSD. O candidato considera que Luís Montenegro tem andado "a ziguezaguear", e alerta que o PSD "tem de ser claro" para "não encolher as chances" eleitorais.

No Fórum TSF, moderado por Manuel Acácio, Moreira da Silva lembrou que com a moção global que apresenta aos militantes, Luís Montenegro "abriu um caminho" que possibilita acordos com o Chega.

"Enquanto o PSD não for claro, estamos a encolher a nossas chances eleitorais. Quem vota no Chega, não tem condições para poder votar no PSD. E no centro, não há um voto que vá do PS para o PSD", defendeu.

Moreira da Silva diz que o "ziguezague" do adversário retira a possibilidade ao PSD de voltar a garantir uma maioria absoluta. O candidato acrescentou que "a ambiguidade de Rui Rio" em relação ao Chega, foi "a principal questão" que deu a maioria absoluta ao PS.

O candidato acrescenta que "a ambiguidade e o equívoco de Rio" durou muito tempo, apesar de defender que o ainda líder do PSD tentou "esclarecer a relação com o Chega durante a campanha eleitoral".

"Não quero um PSD receoso, quero um PSD corajoso que procure uma maioria absoluta. Nós não somos a casa comum dos não-socialistas. Quero que o PSD se afirme como um partido reformista. Nesse dia, o país conseguirá atrair todos os portugueses", atira.

Eutanásia? "Votaria contra"

Questionado pela proposta do Chega para um referendo à eutanásia, Moreira da Silva admite que até é a favor, "mas nunca votará a favor de uma proposta do Chega". "O PSD não pode andar a reboque do Chega. Tem de apresentar uma proposta própria para um referendo à eutanásia", atira.

Sobre o voto num possível referendo, Moreira da Silva acrescenta que, "nesta altura, votaria contra a legalização da eutanásia", pedindo, por outro lado, um maior investimento nos cuidados paliativos.

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