"Não contem com a ideia de dissolver o Parlamento"

O Presidente da República diz que a demissão da secretária de Estado da Agricultura "é uma questão ultrapassada".

O Presidente da República garante que a questão que levou à demissão da secretária de Estado da Agricultura, Carla Alves, "está ultrapassada" e reiterou que não vai dissolver a Assembleia da República.

"Penso que é uma questão ultrapassada. A senhora secretária de Estado entendeu que havia razões políticas que justificavam o pedido de exoneração do caso. Esse juízo cabe a cada um", disse Marcelo Rebelo de Sousa, à margem da comemoração dos 50 anos do Expresso.

O chefe de Estado repetiu a ideia de que "quem forma o Governo pondera as várias realidades, umas de legalidade e outras políticas" e, nas de legalidade, "tentando apurar, na medida do possível, se há algum obstáculo".

"O Ministério Público é autónomo e não é possível saber que investigações estão a decorrer", realça o Presidente da República.

Ainda assim, Marcelo Rebelo de Sousa considera que "compete à comunicação social acompanhar o que se passa e fazer o escrutínio" e que "cabe a cada membro do Governo ponderar as limitações que existem no exercício do poder".

Sobre os novos pedidos de dissolução da Assembleia da República, Marcelo é taxativo: "Não contem com a ideia de dissolver o Parlamento."

Sobre a carta enviada por António Costa a sugerir um "mecanismo destinado a corresponder ao escrutínio crescente" sobre os governantes, Marcelo Rebelo de Sousa garantiu que vai responder da mesma forma.

"Procedi às diligências que considerava adequadas e, somando isso à minha opinião, irei responder ao primeiro-ministro também de forma escrita", disse.

Questionado sobre a forma como esse mecanismo é proposto pelo primeiro-ministro, Marcelo recusa abrir o jogo: "Não sou eu quem vai divulgar uma carta do primeiro-ministro."

Em resposta à notícia do Expresso de que terá feito um ultimato a António Costa para 2023, Marcelo pede para ser visto "ao contrário".

"O Presidente da República deu mais tempo ao Governo para poder preencher determinados objetivos", responde.

"Os portugueses não querem crises evitáveis e o Presidente da República está de acordo com os portugueses", conclui o Presidente da República.

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