"Nas outras funções fala-se, fala-se e fala-se. No Executivo, ou se faz ou não se faz"

Iniciativa Liberal acusou o primeiro-ministro de ser "o coiote da política portuguesa".

O primeiro-ministro, António Costa, que esteve esta tarde numa senda de recados internos durante o debate sobre política geral na Assembleia da República, assinalou que gosta de funções executivas porque "nas outras funções fala-se, fala-se e fala-se", enquanto no Executivo "ou se faz ou não se faz".

A achega surgiu numa resposta à Iniciativa Liberal em que o primeiro-ministro admitiu não gostar de "falar dos incêndios", mesmo perante o elevado risco que este ano já se assinala, além das condições climáticas. Apesar de existirem "anos melhores", o Governo "não pode desviar-se desse caminho".

"A reforma que fizemos em 2018 fez com que tivéssemos menos incêndios de 2020 a 2022. Mas isto não nos deve orgulhar, devemos ter consciência que a política não controla tudo a há contingências que ultrapassam a política", disse.

Na saúde, Costa lembrou que "há aumento nas consultas e cirurgias" e aproveito para assinalar que "isto são os resultados, o resto é conversa fiada".

"A razão pela qual eu gosto de funções executivas, é porque nas outras funções fala-se, fala-se e fala-se. No Executivo ou se faz ou não se faz e a medida do que se faz está nos resultados", atirou.

"O coiote da política portuguesa"

Na sua intervenção, Carlos Guimarães Pinto considerou que o primeiro-ministro se arrependeu das medidas que apresentou para a habitação após perceber a reação que causaram. Por esse motivo, decidiu, então, que medidas como a arrendamento coercivo deveriam ser aplicadas pelas autarquias - "de preferência, por autarquias que não são do PS, como Lisboa e Porto".

"Agora, afirma que a medida [do arrendamento coercivo] já existia", continuou o deputado liberal, questionando António Costa: "Se já existia, então anunciou o quê?"

Guimarães Pinto acusou o primeiro-ministro de apresentar "planos e mais planos", mas apresentar resultados "é que nada". Mencionando as florestas, a TAP, a educação, a saúde e os transportes, o deputado liberal deixou um pedido: "Sr. primeiro-ministro, não venha salvar mais nada! Não há um plano seu que funcione!".

Guimarães Pinto acusa, por isso, António Costa de ser "o coiote da política portuguesa".

Mais Notícias

Outros Conteúdos GMG

Patrocinado

Apoio de