No pós-diplomacia, Santos Silva quer gerir a AR com "todo o respeito"

Depois de sete anos como ministro dos Negócios Estrangeiros, deixa a diplomacia de lado para conduzir os trabalhos no Parlamento. O regresso à docência não é para já, mas o investigador que há em Santos Silva acabou de ganhar espaço.

Novo dia, nova função para Augusto Santos Silva. Depois de ter feito parte de cinco Governos, o mais recente deles enquanto ministro dos Negócios Estrangeiros, prepara-se para ser eleito presidente da Assembleia da República na tarde desta terça-feira, já que pelo menos 120 dos 230 deputados vão votar a seu favor.

A tarde desta segunda-feira foi quase de descanso. Já não era ministro a ainda não era deputado, portanto aproveitou para "pensar no discurso" que fará ser for, de facto eleito.

A diplomacia marcou os mais recentes anos da vida política de Santos Silva. Questionado pela TSF sobre se vai precisar de muita para gerir os trabalhos do Parlamento, nega: "Do que preciso, e o que farei, é de ter todo o respeito por todas e todos os deputados. Cada um dos 230 tem um mandato e está aqui porque o povo escolheu."

Conduzir os trabalhos é o desafio que se segue na carreira e vai tentar cumpri-lo sendo "o primeiro entre os pares", coordenando "com apoio de todas e todos os colegas". Sobre se as dificuldades podem vir mais de um ou de outro lado do hemiciclo, Santos Silva afasta a questão, até porque todos estão "submetidos à Constituição, à lei e ao regimento". Neste quadro, "cada um exprime as suas ideias o mais livremente que puder e quiser e cada um faz as suas propostas", sempre com a "vontade popular" como batuta.

Para trás fica um trabalho de 15 anos, com cinco Governos e três primeiros-ministros diferentes. Mas além do político está também um professor que, ainda recentemente, confessou que gostava de voltar às salas de aula da Universidade do Porto. Das duas facetas da profissão, só poderá para já exercer uma: "Há uma componente de docência, que não poderei exercer, e uma componente de investigação. O facto de agora não ir desempenhar funções executivas permitirá que a minha atividade de investigação tenha um pequeno incremento."

Tranquilo, como esteve ao longo de toda a manhã, Santos Silva espera pela tarde que o vai eleger presidente da Assembleia da República.

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