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As eleições de janeiro com a conquista da maioria absoluta pelo PS, marcaram a saída de dois líderes: Rui Rio saiu da presidência do PSD, Francisco Rodrigues dos Santos abandonou a liderança do CDS.
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Para o politólogo António Costa Pinto, "a decisão política de não realizar uma coligação pré-eleitoral, com o pequeno CDS, decisão tomada no fundamental pelo PSD, foi em grande parte responsável por esse desaparecimento do CDS da esfera parlamentar e mais, pela maioria absoluta do Partido Socialista," explica nomeando estudos feitos pelo Instituto de Ciências Sociais.
O PSD elegeu Luís Montenegro a quem o PS tem tentado colar a eventuais acordos com o Chega, apesar das garantias de Montenegro de que "não será o líder de um Governo" que implique "a violação dos princípios e valores do PSD para formar ou para suportar um governo."
Foi assim 2022 na oposição
As eleições regionais na Madeira marcadas para 2023 podem ser um teste, embora António Costa Pinto considere que não costumam acontecer situações de contaminação entre política regional e o plano nacional.
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O politólogo acredita que o PSD vai permanecer unido à volta de Luís Montenegro que "tem ensaiado uma oposição bem mais ativa em termos de mensagem política ao Partido Socialista." No entanto, Montenegro " terá sempre um desafio um desafio discursivo e um desafio estratégico, que não passa pela Iniciativa Liberal, mas passa sobretudo pelo Chega."
Se no partido de André Ventura a estratégia tem sido reforçar o poder interno da liderança, afastando os críticos, na Iniciativa Liberal, João Cotrim de Figueiredo optou por abandonar a liderança, abrindo caminho às candidaturas de Rui Rocha e Carla Castro, nas eleições marcadas para janeiro. O politólogo António Costa Pinto considera, no entanto, que Cotrim de Figueiredo ainda poderá regressar à primeira linha da IL.
No campo da esquerda, se o BE manteve Catarina Martins na liderança, no PCP, Jerónimo de Sousa saiu ao fim de 18 anos de "consciência tranquila" e por "opção pessoal."
Paulo Raimundo, o novo secretário-geral comunista, avisou "quem saliva pelo fim do PCP" que "espere sentado," mas António Costa Pinto considera que se trata de uma "evolução na continuidade" que poderá não representar uma alteração significativa, em termos eleitorais.