"Nunca o CDS bateu tão fundo." Nuno Melo avança para Jurisdição e quer congresso nas datas previstas

Nuno Melo acusa Francisco Rodrigues dos Santos de fugir aos militantes para aceitar "caridade do PSD" e chegar ao Parlamento.

Nuno Melo vai avançar para o Conselho de Jurisdição do CDS para que o congresso se realize nas datas previstas de 27 e 28 de novembro, pedindo a nulidade das deliberações dos conselheiros. O candidato à liderança centrista viu o Conselho Nacional adiar o congresso para depois das eleições legislativas, mas Nuno Melo diz que "vai lutar pela decência e legalidade", e lamenta que o partido "tenha batido no fundo".

"O que tenho pela frente é a luta pela decência e legalidade, num partido que é fundador da democracia em Portugal. Eu não abandono", garante.

Nuno Melo acusa Francisco Rodrigues dos Santos de confundir o partido com um projeto pessoal, e de fugir aos militantes para aceitar "caridade do PSD" e chegar ao Parlamento.

"Nunca o CDS bateu tão fundo. Um partido que sempre se valeu por si, e que foi sujeito agora a ilegalidades, para sustentar um projeto pessoal de quem não tem força e foge por pânico dos votos dos militantes, para se submeter à vergonha da caridade alheia", atira.

O líder do PSD, Rui Rio, e Francisco Rodrigues dos Santos tiveram um encontro marcado para sexta-feira, em Aveiro, previsivelmente para acertar uma coligação pré-eleitoral. A reunião foi adiada a pedido do líder centrista, para preparar o Conselho Nacional.

Depois do adiamento do congresso, Adolfo Mesquita Nunes anunciou a desfiliação do CDS-PP, partido no qual é militante, de acordo com o próprio, há 25 anos. O anúncio foi feito na página de Facebook do advogado numa longa publicação na qual são explicadas as razões para a decisão.

"O partido em que me filiei deixou de existir. Nunca pensei pedir a desfiliação do partido em que milito há 25 anos, a quem tanto devo e a quem entreguei boa parte da minha vida, do meu empenho e do meu entusiasmo. E se o faço hoje, no que provavelmente é o mais difícil ato político da minha vida, é porque o partido em que me filiei, o CDS das liberdades, deixou de existir", escreveu o antigo governante.

Ao que a TSF apurou, o cancelamento do congresso por proposta do presidente do partido foi aprovado com 144 votos a favor (57,8%), 101 contra (40,6%) e quatro abstenções (1,6%).

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