- Comentar
André Ventura declarou, esta sexta-feira, que "não há oposição no Chega", justificando a ausência de vozes contrárias, na convenção nacional do partido, com a "falta de força política" daqueles que o criticam.
Relacionados
"Ganhar o país." Ventura abre convenção do Chega com promessa de ultrapassar PSD
"Que o teto me caia em cima se não formos Governo." Chega diz-se "cura" para "vírus" do PS
Ventura encerra convenção com discurso inflamado. Governo fala em "incitamento ao ódio"
Em declarações aos jornalistas, à chegada à V Convenção Nacional do Chega, em Santarém, o líder do partido respondeu às acusações de Nuno Afonso, militante número dois do partido, que anunciou que irá abandonar a formação política, depois de se ter incompatibilizado com Ventura.
"As pessoas são livres de sair e deixar [o partido]. O que é importante para nós é que os que estão tenham sido eleitos e estejam com vontade. Quem não está é porque não teve força política para ser eleito e para se fazer aqui hoje representar", declarou André Ventura, numa alusão ao facto de Nuno Afonso não ter conseguido ser eleito delegado e, deste modo, falhar a presença na convenção do Chega.
"Houve eleições em todos os distritos , todos tiveram a oportunidade de se candidatar, inclusivamente, desta vez, tiveram uma oportunidade única: eu candidatei-me como cabeça de lista em Lisboa, o que significa que quem quisesse podia candidatar-se em Lisboa com uma lista também. Essa mudança até podia ser pior para nós porque, se perdêssemos, ficavam com a lista toda", reparou André Ventura, acrescentando que "foi dado um mês para as pessoas se organizarem".
Perante aquelas que afirma terem sido "eleições transparentes", Ventura retira uma única conclusão: "Na verdade, não há oposição no Chega".
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
Para o líder do partido, este é um sinal de que os militantes reconhecem os resultados do trabalho que tem sido feito pela atual direção. "Acho que todos reconhecem que um partido que passa de inexistente para sétima força política, e de sétima força política para terceira força política, neste momento com quase 15% nas sondagens, é absurdo querer mudar de liderança", atira.
Questionado sobre se não existirá lugar para vozes diferentes dentro do partido, Ventura responde que "há sempre espaço para toda a crítica", mas que não podem pedir-lhe que vá "buscar a oposição a casa".
A 5.ª Convenção Nacional do Chega acontece esta sexta, sábado e domingo, no Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas, em Santarém. O partido vai a votos para eleger o presidente, com André Ventura a manter a eleição garantida.