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"Então nós íamos mascarados para o 25 de Abril?", contestava Eduardo Ferro Rodrigues em 2020, quando questionado pela TSF sobre se seria obrigatório o uso de máscara na sessão solene do Parlamento, numa altura em que Portugal registava quase 800 mortes por Covid-19.
Muito mudou no último ano na postura face à pandemia do presidente da Assembleia da República, de outras altas figuras do Estado, e de todos os portugueses.
Este ano, o uso de máscara foi obrigatório na sessão solene do 25 de Abril no Parlamento, mas os convidados nas galerias foram o dobro do ano passado: de menos de 20 passaram para cerca de 40, entre o antigo Presidente da República Ramalho Eanes - o único ex-chefe de Estado presente -, e que se sentou na tribuna presidencial ao lado da sua mulher, do presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, José Ornelas, e onde esteve igualmente a mulher do primeiro-ministro.
Na tribuna oposta sentou-se o Núncio Apostólico, enquanto os restantes convidados se foram distribuindo pelas várias galerias: Procuradora-geral da República, Lucília Gago, presidente do Conselho Económico e Social, Francisco Assis, ou o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, que conversaram brevemente antes do arranque da cerimónia.
Noutra galeria, também os conselheiros de Estado Francisco Louçã e Domingos Abrantes conversavam animadamente, enquanto a conselheira Leonor Beleza esteva umas filas mais à frente, de cravo na lapela, não muito longe do coronel Vasco Lourenço, presidente da Associação 25 de Abril
Também de cravo vermelho - sempre mais raro nas figuras de direita - estava o presidente do Governo Regional dos Açores, José Manuel Bolieiro, a mesma flor envergada a poucos metros pelo presidente do PS Carlos César.
O diretor nacional da PSP, Magina da Silva, e a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, foram outras das presenças.