O meu Centeno é melhor que o teu. Como o ministro das Finanças marcou o debate

António Costa sustenta que "seis meses do seu Centeno são melhores do que quadro anos" do de Rio e acusa o PSD de "enganar Mário Nogueira" durante a crise dos professores, prometendo "aquilo que não pode" cumprir. Depois de atacar o cenário macroeconómico apresentado pelos sociais-democratas no programa eleitoral, líder do PS disse que Centeno é um ministro "de contas certas". Rio contra-atacou dizendo que o ministro "está a prazo" no Governo.

António Costa sustenta que "seis meses do seu Centeno são melhores do que quadro anos" do de Rio e acusa o PSD de "enganar Mário Nogueira" durante a crise dos professores, prometendo "aquilo que não pode" cumprir. Depois de atacar o cenário macroeconómico apresentado pelos sociais-democratas no programa eleitoral, líder do PS disse que Centeno é um ministro "de contas certas". Rio contra-atacou dizendo que o ministro "está a prazo" no Governo.

A polémica começou a propósito da crise dos professores, com António Costa a lembrar que o PSD aprovou, na votação na especialidade no parlamento, a recuperação do tempo congelado aos docentes que acabou por não aprovar na votação final, para sustentar que não promete aos portugueses o que não pode. "Não digo numa noite que lhes vou dar tudo e depois venho dizer que não foi isso que tinha sido acordado", atirou o secretário-geral socialista, no frente-a-frente transmitido, em simultâneo, pela TSF, Antena 1 e Rádio Renascença, acusando os sociais-democratas de "enganar o Mário Nogueira".

Atacando Rui Rio de apresentar "um quadro macroeconómico que não tem verba sequer, não paga nem um tostão a mais para atualizar o salário a nenhum funcionário do Estado ou dar aos professores o que promete", o secretário-geral do PS remata: "pode gostar muito do seu Centeno, mas os portugueses preferem o meu Centeno, que é de contas certas e permite fazer o que dizemos que vamos fazer e não promete a ninguém fazer aquilo que sabemos não poder fazer".

Em resposta, Rui Rio ironiza. "O Centeno do PS está farto do ministério das Finanças e diz que se o PS ganhar fica mas só enquanto for presidente do Eurogrupo", defendeu, garantindo que o atual titular da pasta das Finanças estará no cargo "a prazo".

No pós-debate, tendo sido questionado pelos jornalistas, Rui Rio afirmou que fez a provocação a António Costa de que Centeno estaria a prazo "de propósito" para perceber o que ele responderia. "Reparou que ele não disse que não", sustentou o líder do PSD, defendendo que se confirma "o que (ele) interpretou da vontade de Mário Centeno". E lembrou que "o presidente do Eurogrupo muda no primeiro semestre de 2020", o que ditaria também a saída do ministro das Finanças do executivo nacional.

No pós-debate, tendo sido questionado pelos jornalistas, Rui Rio afirmou que fez a provocação a António Costa de que Centeno estaria a prazo "de propósito" para perceber o que ele responderia. "Reparou que ele não disse que não", sustentou o líder do PSD, defendendo que se confirma "o que (ele) interpretou da vontade de Mário Centeno". E lembrou que "o presidente do Eurogrupo muda no primeiro semestre de 2020", o que ditaria também a saída do ministro das Finanças do executivo nacional.

Também à saída, o presidente do PSD voltou a dizer que o seu "Centeno" é Joaquim Sarmento, porta-voz do Conselho Estratégico Nacional do PSD para a área das Finanças Públicas e mandatário nacional do partido, e garantiu que, caso os sociais-democratas sejam governo, Sarmento ficará no executivo "durante quatro anos". Já António Costa voltou a acusar o PSD de "inconsistência", recuperando a crise dos professores, entre outros temas, dizendo-se "perplexo".

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