O PS aprendeu a lição? "Ainda está por mostrar que queira um Orçamento do Estado à esquerda"

Pedro Filipe Soares lembrou que o partido nunca faltou à esquerda, e defendeu que o PS tem estado mais preocupado com debilitar a esquerda do que em reunir esforços. O líder da bancada parlamentar do BE deixou a questão: será que o PS aprendeu a lição?

O Bloco de Esquerda voltou a questionar a vontade do PS em negociar para viabilizar o OE2022. Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do Bloco e representado a moção A apresentada na XII Convenção Nacional da força política, garantiu que o partido só se compromete com o documento orçamental depois de constatar o seu conteúdo, como se de um melão se tratasse: "A prova de um Orçamento é como a de um melão."

É, portanto, o PS que tem de revelar o conteúdo, mais ou menos frutífero para o BE, do Orçamento do Estado para o próximo ano. "Por que é que nos pedem a nós que saibamos como vamos votar um Orçamento do Estado que ainda nem sequer o PS, o Governo do PS e os seus ministros sabem como é que o vão fazer?"

Pedro Filipe Soares chuta assim a bola para o lado do campo do PS, questionando se o Partido Socialista quer fazer um Orçamento do Estado de esquerda para poder dialogar com a esquerda do país".

Na perspetiva do líder parlamentar, o PS tem vindo a dar mostras do contrário. Há "alguns indícios desta resposta e eles não são positivos", considerou.

"Ainda está por mostrar que o PS queira um Orçamento do Estado à esquerda." Já o Bloco não tem falhado em ser esquerda. Esta é a esquerda que nunca faltou à esquerda, enfatizou o deputado, que se encontra em licença parental.

Pedro Filipe Soares exorta o PS a formular um Orçamento de esquerda, para "dialogar com a esquerda do país", mas constata que o PS está mais ocupado em acusar o Bloco do que em negociar com o partido.

Também Moisés Ferreira, na fase de debate da convenção nacional, parafraseou John F. Kennedy, referindo que não se deve perguntar o que o Bloco pode fazer mas onde o Governo pode contribuir para que o Bloco possa aprovar o Orçamento do Estado. Ao longo do dia, tem sido contestada a liderança do partido pelas moções que se opõem à apresentada por Catarina Martins. O BE tem sido um partido demasiado encostado ao poder, contestaram as moções contrárias.

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