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O PAN apelou, esta quarta-feira, que o próximo Orçamento do Estado seja um documento de "viragem" e que o otimismo do primeiro-ministro se "traduza em medidas concretas", registando algumas aproximações em matéria fiscal e ambiental.
"Este orçamento, no entender do PAN, não pode ser um mero manifesto de vias intenções, tem de ter um plano de ação que garanta a retoma socioeconómica, mas também um orçamento que garanta a viragem do ponto de vista da transição energética e da justiça ambiental", afirmou a porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, no final da reunião com o Governo no parlamento para conhecer as linhas gerais do Orçamento.

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Questionada sobre o otimismo manifestado pelo primeiro-ministro, António Costa, quanto ao sucesso das negociações com vista à viabilização do Orçamento, a deputada do PAN defendeu que "o otimismo do primeiro-ministro tem de se traduzir em medidas concretas".
"O otimismo do senhor primeiro-ministro não se pode traduzir depois em bloqueios do Terreiro do Paço", alertou.
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A deputada registou aproximações com o Governo em matérias de revisão dos escalões do IRS, embora dizendo que o PAN pretende "ir mais além" do terceiro e sexto escalões já previstos pelo executivo, e também em matéria ambiental.

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"O Governo assumiu uma reivindicação do PAN: o fim da isenção sobre produtos petrolíferos, pelo menos aqueles que têm por base a energia do carvão. Não haverá aqui um adiar, uma moratória", assegurou.
Quanto ao sentido de voto do PAN, que se tem abstido em Orçamentos anteriores, Inês Sousa Real afirmou que "está tudo em aberto", pedindo também que o documento traduza um maior compromisso na área da Justiça e do combate à corrupção.

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