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O PEV adiantou esta quarta-feira que o Governo lhe comunicou um cenário macroeconómico para o próximo ano com previsões de redução do desemprego para 6,5%, um défice de 3,2% e com a dívida pública a baixar para 123%.
Estes dados do Governo foram transmitidos aos jornalistas pelo deputado do PEV José Luís Ferreira, após uma reunião com o executivo no parlamento sobre o cenário macroeconómico da proposta de Orçamento do Estado para 2022.
Segundo José Luís Ferreira, durante a reunião, a delegação do Governo, liderada pelo ministro de Estado e das Finanças, João Leão, comunicou que se prevê que "este ano o emprego atinja níveis pré-pandémicos, com perspetivas de melhorar no ano que vem, passando de 6,8% no final de 2021 para 6,5 em 2022".

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Em relação ao crescimento da economia, segundo o PEV, "o Governo prevê que seja de 4,6% este ano e de 5,5% em 2022".
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"A previsão de inflação é de 0,9%, com o investimento público a crescer 30%. A dívida pública situar-se-á em 123% do PIB (Produto Interno Bruto) e o défice baixará de 4,5% para 3,2% em 2022", adiantou José Luís Ferreira, citando dados que lhe foram comunicados pelo executivo.
Perante estes números, José Luís Ferreira defendeu que, "se há crescimento da economia, esse crescimento tem de ter reflexos na vida material das pessoas, desde logo ao nível do poder de compra".

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"Se não valorizamos os salários quando a economia está a crescer, então nunca é oportuno valorizar os salários", advertiu.
O dirigente do PEV manifestou-se depois apreensivo por "a corrida" pela descida do défice poder comprometer as "respostas que são necessárias dar no Orçamento do Estado aos problemas do país".
"Na semana passada, o PEV transmitiu já ao Governo os eixos que considera fundamentais ao nível do Orçamento do Estado: Travar as alterações climáticas, investir na despoluição dos recursos hídricos e na resolução de diversos passivos ambientais, e combater a pobreza, designadamente aumentando a justiça social com o aumento da progressividade do IRS", referiu.

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José Luís Ferreira falou ainda em exigências de "serviços públicos para todos e uma aposta séria na produção nacional".
"Até agora, não está mais nenhuma reunião prevista com o Governo", acrescentou.

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