Oliveira e Costa ouvido à porta fechada

Oliveira e Costa começou a ser ouvido, esta terça-feira, pela Comissão Parlamentar de Inquérito à nacionalização deste banco. PS e PSD votaram a favor desta audição em privado, com comunistas e bloquistas a votarem contra.

O antigo presidente do BPN começou, esta terça-feira à tarde, a ser ouvido pela Comissão Parlamentar de Inquérito à nacionalização do BPN à porta fechada, tendo a decisão de ouvir Oliveira e Costa em privado tido o apoio do PS e do PSD.

Maria de Belém Roseira justificou a sua proposta pelo facto da necessidade de respeitar o segredo de justiça, tendo os deputados que votaram ao lado da audição à porta fechada assinalado o facto de o deputado se sentir mais à-vontade.

«Quando entrar nesta sala saberá que está num espaço de segredo e que as suas declarações desde o início estão cobertas pelo segredo de justiça», acrescentou o deputado socialista Ricardo Rodrigues, após esta votação.

Já o PCP e o Bloco de Esquerda votaram contra a hipótese de ouvir o ex-presidente do BPN à porta fechada, uma situação que foi proposta pela presidente da comissão, a socialista Maria de Belém Roseira, com o CDS-PP a preferir a abstenção.

O comunista Honório Novo considerou mesmo que as declarações de Oliveira e Costa nem sequer deveriam estar sujeita a segredo de justiça.

O CDS preferiu falar das notícias que vieram a público que davam conta de um alegado conselho ou aprovação por parte do juiz ligado ao processo para que Oliveira e Costa mantivesse o silêncio nesta reunião.

O deputado Nuno Melo explicou que o seu partido não dá «lições sobre como funcionam os tribunais e como se desenrola a administração da justiça em Portugal».

«Também não nos parece bem que o senhor magistrado não só interfira com o funcionamento de uma Comissão Parlamentar de Inquérito como dê instruções acerca de como este órgão de soberania deve funcionar», acrescentou.

Oliveira e Costa entrou em silêncio na reunião cerca das 14:45 sem algemas, mas seguido de perto por dois elementos da PSP.

O antigo presidente do BPN encontra-se em prisãopreventiva por suspeita de burla agravada e branqueamento de capitais, entre outros alegados crimes.

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