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À falta de resposta, o PSD volta à carga. Os deputados Ana Miguel dos Santos e Carlos Reis, depois de já terem feito um requerimento oral, deram agora entrada na Assembleia da República de um requerimento a pedir uma cópia do relatório solicitado por Gomes Cravinho à Inspeção-Geral da Defesa Nacional sobre os custos associados à requalificação do antigo Hospital Militar de Belém.
O relatório já o ministro o conhece, mas mais ninguém. De acordo com o que o gabinete de Gomes Cravinho disse à TSF, em meados de fevereiro, que o documento tinha sido enviado para o Tribunal de Contas. À data, fonte do TdC garantia à TSF que a auditoria não tinha dado entrada e, ainda na semana passada, o DN dava conta do mesmo.
Na última audição no parlamento, o ministro da Defesa tentou desvalorizar a questão, dizendo que não se tratou de uma derrapagem, mas de "um desvio". "Uma coisa é um desvio, outra é uma derrapagem. Custou três vezes mais, mas é uma obra mais completa do que tinha sido pensado", sublinhou Gomes Cravinho. Sobre eventuais irregularidades, nada disse o ministro.
Certo é que a auditoria foi pedida há meses e Gomes Cravinho prometeu tirar consequências depois de conhecidas as conclusões, mas até agora nada aconteceu. Ou melhor, aconteceu, mas não com uma ligação direta a este assunto: foi nomeado Vasco Hilário para liderar a Direção-Geral de Recursos da Defesa Nacional, substituindo Alberto Coelho.
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Ainda assim, na última audição na Comissão de Defesa Nacional, Gomes Cravinho tratou de explicar que não se tratou de uma exoneração, mas que Alberto Coelho tinha chegado ao final do mandato.
"É preciso um olhar e abordagens novos. Isto implica mudanças de pessoas e de estruturas. Não há aqui nenhum tipo de exoneração. A substituição está relacionada com a conclusão de que necessitamos de novos procedimentos e de uma nova orgânica para responder a alguns problemas", sublinhou o ministro.

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