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A Juventude Socialista (JS) vai apresentar este sábado o manifesto eleitoral, e pede "mais e melhores salários" para a geração mais qualificada de sempre. Miguel Costa Matos garante que o caminho do Governo socialista "ainda não chegou ao fim".
Em declarações à TSF, o secretário-geral da JS, Miguel Costa Matos, que é o sétimo nome do socialista às eleições legislativas pelo círculo eleitoral de Lisboa, defende que a 30 de janeiro os portugueses "têm de fazer uma escolha".
"Continuar com um Governo à esquerda ou virar para um Governo que a única hipótese que tem para governar é com a extrema-direita. Mas, sobretudo, estas eleições oferecem-nos uma escolha do nosso percurso de vida: apostar no combate à precariedade, sem baixos salários, apostar no ensino superior e na formação", aponta.
Ouça aqui as declarações de Miguel Costa Matos à TSF
Miguel Costa Matos acrescenta que "são escolhas que nos permitem realizar os projetos de vida", e das propostas que vão seguir para o secretário-geral socialista, a estabilidade profissional dos jovens é uma das bandeiras.
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"Somos a geração mais qualificada de sempre, mas também a mais precária. É preciso uma renovação do programa Converte+, que dá um incentivo à conversão de contratos precários em contratos permanentes. Na última vez que funcionou, 43 mil pessoas puderem ter uma perspetiva de mais estabilidade labora", explica.

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O jovem líder socialista sublinha que o Governo liderado por António Costa fez inúmeros progressos desde 2015, com um Executivo assente na esquerda, "mas o caminho ainda não chegou ao fim".
"Olhamos para os últimos seis anos e verificamos que houve um grande reforço da ação social no ensino superior, um grande combate à precariedade. Hoje, o estágio profissional é incluído no período experimental e não pode estar tanto tempo com contratos a termo", afirma.
Miguel Costa Matos sublinha que "ainda há caminho a trilhar e coisas a fazer", e garante que o projeto do PS "não se esgotou".

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No entanto, a direita quer uma mudança, e a Juventude Social Democrata apresenta uma moção no congresso do PSD intitulada "substituir um Governo situacionista". O secretário-geral da JS responde aos jovens social democratas e lembra que "situacionismo é quando Rui Rio, ainda há poucos meses, dizia que era normal um jovem ter um baixo salário no primeiro ou segundo emprego".
"Não podemos aceitar os baixos salários e a precariedade como a condição de um jovem", diz, defendendo que António Costa liderou um Governo reformista desde 2015.
O documento "As nossas ideias" resultou de um processo de recolha de opiniões e de sugestões junto de militantes da sua organização de juventude, mas também junto de simpatizantes.
O encontro da JS vai decorrer no Centro de Congressos de Lisboa, e será encerrado pelo secretário-geral do PS, António Costa.