Pacote de dois mil milhões de euros para a Ucrânia é passo "na construção da defesa europeia"

Quantia está dividida em metades: uma para "ressarcir" países que enviem as munições que têm "em stock ou ordem de compra" e outra para "aquisições conjuntas".

A ministra da Defesa, Helena Carreiras, explicou esta segunda-feira que a compra conjunta de munições para a Ucrânia por parte de 18 Estados-membros, em que se inclui Portugal, Noruega e a Agência Europeia de Defesa, é um "passo mais na construção da defesa europeia" e move-se em "três linhas paralelas de ação".

Em Bruxelas, a ministra adiantou que estas passam pela disponibilização de munições que os países têm "em stock ou ordem de compra", por "aquisições conjuntas" e por um "apoio à indústria" para aumentar os níveis de produção.

Na primeira linha de ação, explicou Helena Carreiras, o objetivo é "fornecer, nos próximos 12 meses, um milhão de munições", estando prevista uma quantia de mil milhões de euros para "ressarcir os Estados em 50% a 60%".

Neste sentido, tem sido levantado o "inventário de disponibilidades dos vários Estados e das indústrias de Defesa para perceber o que é possível fazer".

Incluídas no pacote estão também "aquisições conjuntas, através da Agência Europeia de Defesa", de munições no valor de mil milhões de euros.

A última dimensão deste pacote é dar "apoio à indústria para promover a produção" de munições.

Os dois mil milhões de euros para financiar este pacote de munições, explicou Helena Carreiras, vêm do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz, "para o qual Portugal também contribui - entre 2023 e 2027 contribuímos com entre 14 e 27 milhões de euros".

Este mecanismo pode, no entanto, ter de ser ajustado em "mais 3500 milhões de euros", algo que obrigaria a um "esforço adicional" de Portugal, "na função de proporcionalidade, a algo como 52 milhões de euros".

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