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O PAN criticou esta quinta-feira a solução do Governo de estabelecer um questionário de verificação prévia à proposta de nomeação de membros do Governo ao Presidente da República, considerando que "a montanha pariu um rato".
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"Estamos perante um caso de grave instabilidade política. Não é com soluções desta natureza que vamos restabelecer a confiança dos cidadãos na democracia e no poder político", afirmou a deputada e porta-voz do PAN, Inês Sousa Real, em declarações aos jornalistas no parlamento, em reação às decisões aprovadas em Conselho de Ministros.
Para a deputada, "parece que a montanha pariu um rato". Sousa Real defendeu que a sucessão de casos no Governo "põe em causa as instituições" e necessitaria de outra solução mais forte.

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"Precisamos de ter mais consequências. Desconhecemos até as consequências se existirem desconformidades no requerimento agora criado. Quase se presta a cair no ridículo: vão perguntar se a pessoa cometeu um crime, se desviou dinheiro, se corrompeu ou foi corrompido?", questionou.
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Sobre a decisão hoje conhecida da ex-secretária de Estado do Turismo Rita Marques, que disse não ter condições para aceitar o convite da Fladgate Partnership, a deputada do PAN insistiu que tal "não isenta" a necessidade de reavaliação do despacho que atribuiu benefícios a esta empresa.
"O PAN já tinha dado entrada de uma proposta de reavaliação e quer que o resultado da mesma seja trazido à Assembleia da República", afirmou.
Questionada ainda sobre o pedido de demissão, também hoje conhecida, do assessor do primeiro-ministro Pedro Ribeiro depois de ter sido condenado num processo judicial, a deputada do PAN considerou que a sucessão de casos "é sintomática".
"Há outra dimensão fundamental: o reforço da justiça e da investigação e tirar o pacto da justiça da gaveta", apelou.