Os projectos-lei do CDS e PSD vão ser discutidos à tarde, mas durante a manhã a Assembleia da República recebe um colóquio promovido pelos socialistas sobre o desemprego jovem, onde vai estar presente a ministra do Trabalho, Helena André.
23 por cento dos jovens estão no desemprego, 720 mil tem contratos a termo, e há ainda registo de um aumento de 14 por cento de recibos verdes nos últimos três meses.
Números que a direita usa para justificar as propostas que hoje leva a debate no Parlamento. O líder parlamentar do CDS, Pedro Mota Soares, explicou a proposta do seu partido.
«O que vai acontecer a uma jovem que está no final do seu contrato a termo e a lei não permite a sua renovação. Vai para o desemprego? Vai-lhe ser proposto um falso recibo verde», questionou Mota Soares.
O CDS sugere ainda que se reduza o pagamento especial por conta às empresas que contratam. E se um desempregado encontrar trabalho, o Estado não deve encaixar o remanescente do subsídio de desemprego mas antes entregá-lo à empresa.
«Ao criar-se um posto de trabalho, o Estado vai receber impostos, contribuições sociais e vai combater o desemprego», sublinhou.
Esta manhã, os socialistas debatem a inserção dos jovens no mercado de trabalho com a ministra Helena André, isto depois de terem já rejeitado liminarmente a proposta do PSD para uma maior flexibilização dos contratos a termo.
O líder da bancada laranja, Miguel Macedo, justificou que o diploma do PSD visa, sobretudo, responder a uma «situação de emergência que determina um projecto-lei que adopta medidas excepcionais, por um prazo contadado de dois anos, até 2014».