Partidos divididos sobre melhor altura para Cavaco falar sobre escutas

Enquanto PS e CDS-PP consideram que Cavaco Silva deve pronunciar-se sobre as alegadas escutas a Belém quando entender necessário, PSD, BE e PCP defendem que o Presidente da República deve falar o quanto antes.

O socialista José Junqueiro considerou, esta segunda-feira, em declarações ao Fórum TSF, que o Presidente da República deve pronunciar-se sobre as alegadas escutas a Belém «no tempo em que entender adequado», já que tem a «responsabilidade» de decidir quando chegou a altura certa.

«Não devemos colocar qualquer tipo de pressão» sobre o Chefe de Estado, acrescentou, preferindo frisar que o PS espera que Cavaco Silva «faça um esclarecimento» sobre essa matéria.

Para o social-democrata Luís Campos Ferreira, o Presidente da República deve falar sobre o caso «o mais rapidamente possível», antevendo que Cavaco Silva vai falar antes das eleições autárquicas.

Na opinião do democrata-cristão Pedro Mota Soares, Cavaco Silva deve falar sobre o caso aos portugueses «quando entender que é útil».

«Tivemos uma campanha eleitoral cheia de casos e isso não foi bom para a democracia», sobretudo quando o pais enfrenta problemas tão graves como o desemprego, lamentou, acusando o PS de ter lucrado com isso, desviando as atenções dos «reais problemas do país».

No Fórum TSF, perante acusações dos representantes do PSD e do CDS-PP sobre o facto de José Junqueiro ter sido um dos impulsionadores da discussão do caso das alegadas escutas na campanha, o socialista acusou o PSD de ter lançado o assunto no site do partido.

Para o bloquista Luís Fazenda, Cavaco Silva «está a falhar por omissão», porque «já deveria ter falado há muito tempo», tendo em conta que «cada dia que passa» adensa ainda mais a «novela». Na opinião do deputado do BE, este caso «prejudicou a campanha» eleitoral.

Se Cavaco Silva «tem algo a dizer, deve dizê-lo o quanto antes», defendeu o comunista António Filipe, considerando que o Chefe de Estado fez um «estrondo enorme» ao demitir Fernando Lima.

A questão que foi trazida à opinião publica é «um caso grave», pelo que Cavaco deve esclarecê-la, «sob pena de continuar a alimentar o caso de uma forma que não beneficia ninguém», mas que, pelo contrário, prejudica de «forma quase patética a vida política nacional», acrescentou.

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