- Comentar
O Presidente da República reconheceu esta noite, em declarações à TVI24, que a aceleração do desconfinamento é tentadora perante a evolução epidemiológica positiva, mas é preciso ir com cautela para evitar um novo momento de pressão excessiva sobre as estruturas da saúde. Por isso, a Páscoa deve ser passada em confinamento e, até lá, vai haver apenas um planeamento desta próxima fase de alívio das medidas de restrição.
"Pode-se preparar, estudar, planear e encontrar os critérios para desconfinar, mas não confundir planeamento com desconfinamento imediato. Há um contributo muito importante dado pelos próprios especialistas de saúde pública, que na última reunião disseram que desconfinar já, a correr, não. O passo seguinte a ser preparado, com o apoio dos epidemiologistas, é definir em que setor se começa, a que ritmo e de que modo", revelou Marcelo Rebelo de Sousa à TVI24, poucas horas depois de ter falado ao país.
Sobre o atual confinamento, o chefe de Estado reconheceu que está a ser "muito menos rigoroso" do que aquele que vigorou há um ano.
"Os indicadores de mobilidade mostram que, em alguns dias e momentos, a mobilidade tem sido muito intensa", acrescentou o Presidente da República.

Leia também:
Número de mortes diárias cai para 49. Há 1160 novos casos de Covid-19 em Portugal
Subscrever newsletter
Subscreva a nossa newsletter e tenha as notícias no seu e-mail todos os dias
Marcelo Rebelo de Sousa decretou esta quinta-feira, pela 12.ª vez, o estado de emergência em Portugal na atual conjuntura de pandemia de Covid-19.
No texto do decreto, o Presidente da República defende que "o futuro desconfinamento deve ser planeado por fases, com base nas recomendações dos peritos e em dados objetivos, como a matriz de risco, com mais testes e mais rastreio, para ser bem-sucedido".
O período de estado de emergência atualmente em vigor termina às 23h59 da próxima segunda-feira, 1 de março. Esta renovação terá efeitos no período entre 02 e 16 de março.

Leia também:
"Temos de ganhar até à Páscoa o verão e o outono." Marcelo admite confinamento na Páscoa
LEIA AQUI TUDO SOBRE A PANDEMIA DE COVID-19