«Senhor deputado, não há folga, por isso é que temos de estar empenhado em encontrar alternativas dentro do quadro concertado na sétima avaliação, a nossa obrigação é procurar fazer com que os nossos esforços possam ir ao encontro do que ficou estabelecido como meta preferencial», disse o chefe do Governo.
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Passos Coelho falava durante o debate quinzenal, na Assembleia da República, depois de o líder do BE, João Semedo, o ter acusado de estar planear a aplicação de novos impostos aos reformados e o ter questionado sobre «a folga que evitaria essa taxa».
«Tentar convencer os portugueses que essa é uma medida de último recurso é uma falsificação», afirmou Semedo, que criticou o Governo pelo «espetáculo indecoroso» à volta da contribuição de sustentabilidade para os pensionistas.
«Sempre que fala sobre pensões e reformas, vem no outro dia o doutor Paulo Portas dizer 'nada disso, nada disso, não foi isso que foi decidido no Conselho de Ministros'. Eu fico curioso o que é que Paulo Portas vai dizer amanhã sobre o que o senhor aqui disse hoje», ironizou.
Já o primeiro-ministro respondeu também ironicamente: «Eu reconheço o seu esforço para tentar encontrar divergências e pequenos episódios que possam sustentar o seu comentário seguinte de que o Governo não se entende».
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Pedro Passos Coelho referiu não existir qualquer folga nas medidas acordadas com os credores internacionais e revelou depois que não exclui a hipótese de haver uma flexibilização das metas no próximo ano.
«Não está excluído para o Governo que não seja necessário que flexibilidade adicional venha a ser requerida para 2014, não é de excluir que uma flexibilização das metas possa ser importante para 2014, mas dentro do que está ao nosso alcance devemos fazer o que está ao nosso alcance para respeitar os limites que acertámos», declarou.