O primeiro-ministro admitiu, esta quinta-feira, a possibilidade de pedir a antecipação de alguns fundos estruturais, mas considerou prematuro fazer declarações com carácter definitivo sobre esta matéria.
«É uma matéria a que não quero ainda responder. Iremos com certeza apresentar um pedido de reestruturação de tudo o que está previsto para a execução dos fundos, o que se chama a reprogramação do Quadro de Estratégico de Referência Nacional», adiantou Pedro Passos Coelho.
Em Bruxelas, o chefe do Governo português fez um apelo à banca nacional para que não deixe de financiar a economia, uma vez que acredita que estes vão enfrentar a crise sem dificuldades.
Nesse sentido, Passos Coelho sugeriu a venda de activos dos bancos de modo a garantir um financiamento mínimo à economia, apesar de ter garantido que a ajuda externa negociada com a troika fornece uma alternativa.
«Temos também dentro de todo o sistema de ajuda financeira que foi conseguida, um pacote de cerca de 12 biliões de euros disponível para a recapitalização dos bancos portugueses, se eles o desejarem», lembrou.
À entrada para o Conselho Europeu, Passos Coelho frisou ainda que não houve até agora qualquer recurso a esse pacote e que os bancos nacionais «se mostrarão devidamente robustos relativamente à exposição à dívida».